Recebido com festa por deputados, Roberto Jefferson, corrupto confesso, volta à Câmara para pedir o impeachment de Dilma Rousseff. O ex-deputado, que teve o mandato cassado e foi condenado, disparou críticas contra a atual presidente da República e rasgou elogios a Michel Temer
Onze anos após ter o mandato cassado por sua participação no escândalo do Mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), corrupto confesso, voltou à Câmara para pedir o impeachment de Dilma Rousseff.
Recebido com festa por funcionários da Casa e deputados, ele disse que seu papel em Brasília a partir de agora será convencer os 19 deputados e 2 senadores de seu partido a votar a favor do impedimento da presidente.
“Vou tentar levar senão todos, a maioria a votar a favor do impeachment”, disse. O político foi abraçado pelo líder do DEM na Casa, Pauderney Avelino (AM).
Na liderança da legenda, Jefferson chegou a chorar quando, ao lado da filha, a presidente do PTB e deputada federal, Cristiane Brasil (RJ), recebeu um botom de deputado para que colocasse em seu paletó.
Jefferson, que disparou críticas contra Dilma, disse ser favorável ao impeachment da petista “perdeu as condições de governar” e porque o governo dela acabou “politicamente e moralmente”.
Por outro lado, sobram elogios ao vice-presidente Michel Temer, com quem Jefferson se encontrou nesta quarta-feira no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República. “Homem sério e equilibrado”, disse.
Também não faltaram elogios ao relator do processo de afastamento de Dilma, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), seu colega de partido. “Marcou um golaço de rasgar a rede com o parecer (a favor do impeachment)”, disse o ex-deputado.
Jefferson será conduzido a presidência do PTB no próximo dia 14 de abril, graças a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que perdoou, em março, sua pena de 7 anos e 14 dias por participação no Mensalão.
O político fluminense participou ativamente do processo de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, que deixou o PTB recentemente. O ex-deputado era da tropa de choque de defesa de Collor em 1992.
com EBC e Agência Estado
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