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Deputados fazem “bolão do impeachment” com apostas de R$ 100

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“Bolão do impeachment” é mais uma prova do circo que se transformou a tentativa de afastar a presidente do cargo para a qual foi eleita. Cada aposta custa cem reais. Para ganhar, o deputado/jogador precisa acertar em cheio o placar da votação de domingo. O “bolão” é organizado por Paulinho da Força (SD-SP)

Paulinho da Força organiza ‘bolão do impeachment’. Deputado é um dos principais comandados de Eduardo Cunha na Câmara

O placar da votação do impeachment da presidente Dilma Roussefff é o tema de um bolão entre deputados, comandado por Paulinho da Força (SD-SP) e Carlos Manato (SD-ES), que é Corregedor da Câmara dos Deputados. Cada aposta custa cem reais – e não vale dizer apenas se o impeachment vai avançar ou não para o Senado, é preciso acertar em cheio o número de votos, tanto a favor como contra.

Até o momento, o placar das apostas reflete otimismo em relação à vitória dos oposicionistas. “Tá de 370 o pessimista e o otimista 396″, disse Manato.

Cinco minutos após a abertura do bolão, sete apostas já foram contabilizadas. Deputados da base aliada também serão convidados a participar da iniciativa. “Todo mundo, isso aqui é democrático”, disse Manato.

Manato circula pelos corredores da Casa com uma pasta na mão levando a lista de assinaturas e o dinheiro arrecadado. Questionado se não via conflito de interesse em ser corregedor da Câmara e promover um bolão de apostas, Manato, que é favorável ao impeachment, desconversou e disse que se tratava de uma “brincadeira”.

Para ser aprovado e seguir para análise no Senado, o processo de impeachment precisa de pelo menos dois terços dos votos no Plenário da Câmara, ou seja, 342 dos 513 deputados. A votação será realizada no próximo domingo (17).

Rito do impeachment

Paralelamente, oposição e governo aguardam a decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a ordem de chamada dos deputados para votação nominal do processo de admissibilidade do pedido de impeachment.

Paulinho da Força afirmou que a tendência é que o peemedebista acabe decidindo por uma chamada por região, começando no Sul e terminando no Norte e Nordeste do país.

Cunha tem minimizado a importância desta regra no processo, mas a base aliada acusa Cunha de tentar manipular a votação para influenciar o resultado em prol do afastamento de Dilma.

O temor de governistas é que os parlamentares favoráveis acabem falando primeiro e isto possa influenciar o resultado.

Hoje, o vice-líder do PT na Casa, Henrique Fontana (RS), reafirmou que será ilegal a chamada por região. Para o gaúcho, se o Supremo Tribunal Federal (STF) não decidiu sobre o processo, Cunha deveria adotar o procedimento do período do impeachment de Fernando Collor, quando a chamada foi por ordem alfabética.

com Agência Brasil e Congresso em Foco

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