Impeachment: investigado pela Lava Jato será o primeiro deputado a votar em plenário no próximo domingo. Afonso Hamm (PP-RS) foi citado por Alberto Yousseff como um dos parlamentares da legenda que recebiam mesada de até R$ 150 mil com dinheiro desviado da Petrobras. O parlamentar é favorável ao afastamento da presidente Dilma
O deputado federal Afonso Hamm (PP-RS) será o primeiro parlamentar a votar em plenário na apreciação do impeachment da presidente Dilma Rousseff no domingo (17). A fila de votação seguirá a ordem alfabética do nome dos deputados, respeitando o rito definido na segunda-feira (11) pela Câmara. Afonso está em seu terceiro mandato na Câmara, tem cerca de 20 anos de vida política e é declaradamente favorável à saída da presidente Dilma do poder.
Desde março de 2015, Afonso Hamm responde no Supremo Tribunal Federal (STF) ao Inquérito 3989, da Operação Lava Jato, por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha. Ele foi apontado por Alberto Youssef como um dos parlamentares da legenda que recebiam mesada de R$ 30 mil a R$ 150 mil.
Na segunda-feira, após presidir a sessão de leitura do relatório da comissão do impeachment em plenário, Hamm disse que não teme as investigações e que espera que sejam arquivadas. “Coloquei todos os meus sigilos à disposição da Justiça e espero que o processo seja arquivado”, afirmou.
O deputado gaúcho passou a frente do deputado Abel Galinha (DEM-RR) na ordem de votação em plenário com a definição que o Sul dará início aos votos.
Hamm comemorou em um vídeo gravado ao lado do relator da Comissão Especial de Impeachment, Jovair Arantes (PTB-GO), a aprovação do parecer do petebista. Segundo Jovair, “a vitória também é de Afonso Hamm”.
O PP, partido de Afonso, é a legenda com o maior número de políticos investigados pela Operação Lava Jato – são mais de 30. É também a sigla que mais ganhou adeptos com a janela partidária, que terminou no mês passado. Passou de 41 deputados para 47. A bancada decidiu apoiar o impeachment de Dilma nesta segunda-feira, de acordo com o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), o PP decidiu não obrigar seus deputados a votar contra o governo, mas o líder – deputado Aguinaldo Ribeiro (PB) – vai encaminhar o voto a favor do impeachment.
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