Símbolo de um país dividido? Muro da vergonha? Uma barreira de aço está sendo erguida para dividir a Esplanada dos Ministérios e separar os manifestantes durante a votação do impeachment de Dilma, que deve ocorrer no próximo domingo, 17 de abril
A barreira de aço que divide a Esplanada dos Ministérios para os protestos desta semana custou R$ 7.850 ao governo do Distrito Federal e, a princípio, deve ficar erguida até a próxima segunda (18), caso a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff seja definida de fato no domingo (17).
As chapas de aço, instaladas por presidiários do sistema semiaberto do DF, que possuem autorização para trabalhar fora da carceragem, geraram polêmica em Brasília. A barreira já vem sendo chamada por deputados de “muro da vergonha”.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal alega que a medida é fundamental para garantir a integridade dos manifestantes. A pasta determinou que, do lado esquerdo do muro ficarão os manifestantes contrários ao impeachment, enquanto os favoráveis ao afastamento ficarão do lado direito.
A barreira tem uma extensão de um quilômetro e vai do Congresso Nacional em direção à Rodoviária da cidade. O DF prevê a presença de 3.000 policiais militares, 500 bombeiros e 50 agentes de trânsito. A previsão informada pelos manifestantes ao governo é que cerca de 300 mil pessoas compareçam aos protestos convocados para domingo.
Os manifestantes contra o impeachment já estão chegando e se instalando no estacionamento do Teatro Nacional, mas, a pedido do governo do Distrito Federal, mudaram para um local um pouco mais distante. Os pró-impeachment estão acampados no Parque da Cidade, do outro lado do eixo que divide a cidade.
Manifestantes acampados em Brasília iniciaram nesta segunda (11) a onda de protestos contra o impeachment. Todos os dias, com exceção de terça (12), os manifestantes farão uma caminhada em direção ao Congresso.
Além do impeachment, as pautas dos grupos a favor da democracia já presentes na Esplanada são diversas. Vão da reforma agrária ao fim da reforma previdenciária.
A causa comum é o pedido pela saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara e o repúdio a um eventual governo Michel Temer, o vice que assume em caso de impedimento da petista.
com informações de EBC e Folha de S.Paulo
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