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Relator do impeachment cometeu quase mil pedaladas quando foi governador

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Em três anos, Antonio Anastasia cometeu quase mil 'pedaladas' no governo de Minas. O relator do impeachment no Senado e ex-governador mineiro editou 972 decretos de suplementação orçamentária. Curiosamente, Dilma está sendo julgada por ele e outros defensores do golpe por ter editado 7 decretos

Antonio Anastasia e Aécio Neves, senadores pelo PSDB/MG (reprodução)

RBA

Os deputados mineiros petistas Rogério Correia, Cristiano Silveira e Dr. Jean Freire estiveram hoje (28) com senadores da ala progressista para denunciar as pedaladas cometidas pelo relator do processo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), quando governador do estado.

De acordo com os deputados, Anastasia foi além. Mais do que pedaladas, fez verdadeiros malabarismos fiscais.

Se o decreto de suplementação fiscal de Dilma é crime, o dele também é. Enquanto as pedaladas da presidente foram para garantir o funcionamento de programas sociais, as de Anastasia foram para deixar de cumprir as metas de investimento obrigatórias em saúde e educação”, disse o deputado Rogério Correia.

Somados, os governos Aécio Neves e Anastasia devem R$ 16 bilhões para a saúde e educação do estado de Minas Gerais. “Não é à toa que Aécio perdeu as eleições em seu próprio estado.”

Encarregado de analisar as acusações que pesam contra a presidenta Dilma Rousseff sobre as chamadas “pedaladas fiscais”, o tucano corre o risco de admitir que cometeu crime durante o período em que foi governador, conforme o deputado Correia. “Nesse período, praticou atos idênticos aos que constam na peça acusatória da presidenta. Entre 2011 e 2014, foram editados 972 decretos de suplementação orçamentária.”

De acordo com documentos do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG), mesmo sem cumprir as metas fiscais estabelecidas nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) de 2011, 2012 e 2013, o então governador editou decretos de suplementações orçamentárias para aumento de despesas primárias. Exatamente o mesmo expediente adotado pelo governo federal.



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