73 mulheres proclamam palavras de ordem contra o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA) e a deputada Tia Eron (PRB-BA) e são detidas em avião da TAM. Segundo testemunhas, elas foram conduzidas de maneira arbitrária pela Polícia Federal e não tiveram direito a advogados
A Polícia Federal deteve por cerca de uma hora, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, um total de 73 mulheres dentro de um avião da TAM, que vinha de Salvador para a capital federal.
As delegadas e participantes da Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que ocorre nesta tarde no Palácio do Planalto, foram acusadas de proclamar palavras de ordem contra os deputados Jutahy Magalhães (PSDB-BA) e Tia Eron (PRB-BA), que estavam no voo.
A confusão começou quando as mulheres começaram a se manifestar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a gritar “não vai ter golpe”.
Elas ficaram trancadas no avião por determinação do comandante do voo, até que a PF chegasse.
Segundo relatos postados nas redes sociais de pessoas que estavam na aeronave ou em contato com elas, a PF começou a conduzir coercitivamente as mulheres até a sala da corporação no aeroporto, sem deixar que advogados entrassem no local.
Depois elas começaram a ser atendidas por advogados do PT, do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Os policiais colaram um termo de desembarque compulsório nos documentos de identificação das mulheres.
Em relato antes da entrada dos agentes da PF dentro da aeronave, a deputada Moema Gramacho (PT-BA) denunciou a arbitrariedade.
“Tudo parece que eles só vão liberar após fazer uma acareação para nos identificar, nós, a delegação de mulheres da Bahia, que puxaram palavras de ordem contra os golpistas que estão neste voo agora. Portanto, é uma arbitrariedade, não sabemos o que vai acontecer”, afirmou. Ela e a deputada Maria do Rosário (PT-RS) estão no local.
Brasília 247 e Agência Estado
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