Ausência de mulheres no alto comando do governo Temer faz Brasil perder várias posições em ranking mundial de igualdade de gênero
A troca de uma mulher por um homem no poder central do Brasil não se deu apenas na Presidência da Repúlica. Ao assumir o Planalto, Michel Temer compôs um ministério formado completamente por homens.
De acordo com informações da BBC Brasil e do Fórum Econômico Mundial, a retirada das mulheres dos cargos de comando faz com que o Brasil perca várias posições no Índice Global de Desigualdade de Gênero.
A ausência de mulheres no comando de ministérios do governo do presidente interino Michel Temer pode levar o Brasil a despencar 22 posições no ranking de igualdade de gênero do Forum Econômico Mundial.
O ranking, conhecido como Índice Global de Desigualdade de Gênero, é publicado anualmente – a próxima edição deve ser divulgada no segundo semestre deste ano.
A organização calculou o impacto imediato de um gabinete composto somente por homens na posição do Brasil na lista, e constatou que este cairia da 85ª posição para a 107ª no cômputo geral.
Se todos os outros parâmetros se mantivessem estáveis, “somente a mudança no gabinete faria a posição do Brasil despencar de 85 para 107 dentre os 145 países, e no nosso sub-índice de Empoderamento Político de 89 para 139” afirmou Saadia Zahidi, chefe para Iniciativas de Gênero e Emprego do Fórum.
“Rebaixada” à secretaria, as mulheres sondadas para a pasta da Cultura acabaram negando o cargo. Logo depois, já com o status de Ministério de volta, Temer escolheu Marcelo Calero, outro homem, para comandar a pasta.
Nesta quarta-feira, foi a vez de Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento, ser exonerada do governo federal da presidência da Caixa Econômica Federal.
Até aqui, entre as poucas mulheres proeminentes do governo provisório, os destaques são a executiva Maria Silvia Bastos, ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, e agora comandante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Chefe do Gabinete Presidencial, Nara de Deus, e a Secretária de Direitos Humanos, Flávia Piovesan.
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