Atirador de boate gay tinha tendências homossexuais, diz ex-esposa
Atirador da boate Pulse, em Orlando, frequentava o local há anos e era usuário de aplicativos de relacionamentos homossexuais. Ex-esposa afirma que Omar Mateen era, provavelmente, um 'gay enrustido'
A ex-mulher de Omar Mateen, atirador que matou 49 pessoas em Orlando afirmou que ele “pode ser homossexual” e que deve ter alguma razão psicológica para o ataque à boate gay Pulse.
A declaração de Sitora Yusufiy à emissora americana CNN nesta terça-feira joga nova luz sobre a relação de Omar Mateen com a comunidade gay.
A tese de uma possível homossexualidade de Mateen surgiu em vários jornais americanos, podendo complicar o processo para compreender os impulsos psicológicos que o levaram a cometer o pior ataque a tiros da História dos EUA.
Sitora Yusufiy revelou ainda que o pai de Omar Mateen o chamava de ‘gay’ repetidamente.
A PROPÓSITO: Pesquisa indica que homofóbicos sentem excitação por homossexuais
Testemunhas e frequentadores regulares da boate Pulse afirmaram terem visto Omar Mateen outras vezes na casa noturna e em aplicativos de encontros gays.
Em entrevista ao jornal “Orlando Sentinel”, Ty Smith afirma que chegou a ver Mateen dentro da boate pelo menos 12 vezes. Segundo ele, o atirador entrava na boate e ficava bebendo sozinho em um canto da pista.
“Outras vezes ele ficava tão bêbado que ficava estridente e agressivo. Não falava muito com ele, mas lembro de coisas como o que ele falava sobre o pai e sobre ter mulher e uma filha”, disse Smith.
Cord Cedeno e Chris Callen também afirmam terem sido testemunhas destes momentos de agressividade de Mateen dentro da Pulse. “Certamente era ele. Ele frequentava a balada há anos e as pessoas o conheciam”, disse Cedeno.
Outro frequentador da Pulse, Kevin West, disse ao “Los Angeles Times” que ele trocou mensagens com o atirador por um ano no aplicativo gay Jack’d. Ele afirma nunca ter se encontrado pessoalmente com Mateen.
“Quando ele falou comigo pela primeira vez, me perguntava sobre as melhores baladas e lugares para ir. E eu lembro de ter dito a ele que bastava olhar na internet, porque eu não saio muito”, disse.
No entanto, reconheceu o atirador quando ele entrou na boate por volta de 1h de domingo, uma hora antes do ataque. West disse ainda que ele tomou uma bebida antes de sair e invadir de novo a casa noturna com as armas.
Na manhã de segunda (13), ele mostrou as mensagens trocadas para o FBI. Questionado pela imprensa, o chefe de polícia de Orlando, John Mina, disse não ter conhecimento deste histórico do atirador.
com agências internacionais