Como ser um pai ativo e comprometido?
Como exercer uma paternidade ativa? Um pai presente influencia positivamente no desenvolvimento de seus filhos em diversas áreas. Crianças que tiveram um pai participativo apresentam maior autoestima, melhor desempenho escolar, mais habilidades sociais e, no caso dos meninos, maior probabilidade de ser um pai comprometido. Saiba mais no guia sobre paternidade ativa preparado pela Unicef
Um pai presente, comprometido e carinhoso influencia positivamente no desenvolvimento e bem-estar de seus filhos em diversas áreas. Crianças que tiveram um pai participativo, por exemplo, apresentam maior autoestima, melhor desempenho escolar, mais habilidades sociais e, no caso dos meninos, maior probabilidade de ser um pai comprometido.
Um guia sobre paternidade ativa preparado pelo Unicef e outras duas instituições, e distribuído no Chile, é um importante material de apoio para homens que querem ser pais mais participativos. Segundo a publicação, a paternidade se aprende com a prática, o que torna natural que existam dúvidas e preocupações sobre como ser pai. Porém, o importante é “confiar em você mesmo e nas observações pessoais que você tem do seu filho”, indica o material.
Ser um pai ativo significa:
– Ter uma relação afetuosa e incondicional com seu filho;
– Manter uma relação que vá além do provimento financeiro;
– Participar dos cuidados diários e da criação do seu filho, dando comida, ajudando-o a se vestir, colocando-o para dormir e ensinando-o;
– Promover um vínculo carinhoso, de apego mútuo e de proximidade emocional com seu filho;
– Compartilhar com a mãe as tarefas de cuidados com o filho e com a casa;
– Estar envolvido em todos os momentos do desenvolvimento do seu filho: gravidez, nascimento,
primeira infância, infância e adolescência;
– Incentivar o desenvolvimento de seu filho: lendo histórias, cantando e/ou colocando música, apoiando-o em trabalhos de casa e brincando com ele.
Todas essas ações podem ser realizadas sendo o pai casado com a mãe da criança ou não. O que realmente faz a diferença é que ambos cheguem a um acordo diante das principais questões de criação do filho. Diz o guia: “É positivo que os casais e ex-casais aprendam a negociar as decisões de criação de seus filhos. Podemos observar que quando há menos conflitos na relação entre os progenitores, existe uma maior participação do pai na vida da criança.”
Sobre as dificuldades de conciliar a participação ativa na criação do filho com uma eventual carga pesada de trabalho, a publicação indica que pequenos momentos sejam respeitados quando possível. Como pedir permissão no trabalho para participar de alguma atividade escolar do filho, ou levá-lo ao médico, por exemplo. Quando não for possível, é importante se manter informado de tudo o que aconteceu nestas ocasiões. No caso de o pai passar o dia inteiro fora de casa, ele deve garantir que o pequeno tempo que tem com o filho seja de qualidade: priorizando o contato físico e o diálogo e evitando distrações como TV e celular.
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Bruna Ramos, EBC