"Romário trocou o voto no impeachment por um cargo. Ele, que se diz honesto, está fazendo o jogo mais podre da política. Fez barganha de voto. Depois de dizer publicamente que poderia votar a favor de Dilma, foi ao Planalto, esteve com o presidente Temer e pediu o cargo. Logo depois, como recompensa, a indicada dele se torna secretária"
A deputada Mara Gabrilli não gostou da forma como ocorreu a nomeação da ex-deputada Rosinha da Adefal para a Secretaria da Pessoa com Deficiência.
Sem frear as palavras, Mara afirma que a nomeação foi um acordo do Palácio do Planalto com o senador Romário em troca do voto dele no impeachment de Dilma Rousseff.
A nomeação foi publicada na segunda-feira no Diário Oficial da União.
Diz Mara Gabrilli:
— Romário trocou o voto no impeachment por este cargo. Ele, que se diz honesto, está fazendo o jogo mais podre da política. Fez barganha de voto. Depois de dizer publicamente que poderia votar a favor de Dilma, foi ao Planalto, esteve com o presidente Temer e pediu o cargo. Logo depois, como recompensa, a indicada dele se torna secretária.
Mara também coloca em xeque o envolvimento de Romário com a causa das pessoas com deficiência:
— Ele é um militante porque tem uma filha com síndrome de Down. Mas não é um militante técnico, não tem conhecimento aprofundado sobre o assunto. Quando se pergunta uma coisa para ele, ele não sabe. Romário usa a causa das pessoas com deficiência para autopromoção.
Mara também mira em Michel Temer:
— Ao aceitar esse tipo de jogo, o presidente mostra pouca sensibilidade para a causa das pessoas com deficiência. É lamentável.