Janaina Paschoal, autora do pedido de impeachment contra Dilma, se queixa de ter sido abandonada pelos golpistas. A advogada diz que só não foi desprezada pelo senador Aloysio Nunes (PSDB) e que nem mesmo passagem e hospedagem para defender o processo em Brasília ela tem recebido
A advogada Janaína Paschoal, uma das autoras da denúncia contra a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), disse enxergar uma movimentação de bastidores para se alongar o processo do impeachment de modo a absolver a presidente e o País partir para nova eleição.
Paschoal reclama que foi abandonada pelos defensores do impeachment e conta apenas com o apoio do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Nem mesmo passagem e hospedagem para defender o processo em Brasília ela tem recebido.
Nesta quarta-feira (8), Janaína Paschoal protestou contra uma decisão do relator do caso, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), e levou um verdadeiro ‘pito’ do presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
Dizendo-se “indignada como advogada e cidadã”, Janaína, uma das formuladoras da denúncia contra a presidente afastada Dilma Rousseff, criticou o tucano por rejeitar três das cinco testemunhas oferecidas pela acusação para serem ouvidas hoje, por não se relacionarem com as questões em discussão.
Ela tentou ainda censurar Anastasia por aceitar que a defesa arrole até 40 testemunhas – o que ainda não foi deliberado – e por aceitar que seja realizada uma perícia.
A fala visivelmente irritou Anastasia. Lira, indignado, rebateu: “A manifestação de vossa excelência não tem sentido. A senhora veio aqui e falou o que quis falar, pelo tempo que quis falar. O papel da presidência é fazer um esforço para que a maioria não sufoque a minoria. Rejeito totalmente a indignação de vossa excelência”.
Após o revés, Janaína pediu a palavra para se desculpar por “algum excesso” que tenha cometido.
Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook