PM atira à queima roupa no pescoço e mata jovem de 22 anos em São Paulo. O motivo? Um cone de trânsito. Vídeo divulgado nesta quarta-feira coloca em xeque a versão oficial que havia sido apresentada pela polícia
Um vídeo publicado nesta quarta-feira (22) pela Ponte Jornalismo (assista abaixo) coloca em cheque a versão apresentada por policiais militares de Ourinhos, no interior de São Paulo.
Brian Cristian Bueno da Silva, 22 anos, acabou morrendo após ser atingido com um tiro no pescoço na noite de 8 de junho. Brian estava acompanhado por amigos e eles deixavam a Fapi (Feira Agropecuária e Industrial) num carro.
Os PMs afirmaram que o carro onde o jovem estava foi parada por estar ziguezagueando na via de saída da Fapi para derrubar cones de sinalização.
A versão é diferente da dos jovens que estavam no veículo. Segundo eles, Brian, que estava no banco de passageiros, colocou a mão para fora do carro e derrubou apenas um dos cones de sinalização com as mãos.
Eles garantem que o veículo não fazia zigue-zague. O trecho que aparece no vídeo da Ponte não mostra o carro em zigue e zague. Mas flagra o clarão do momento do disparo feito pelo PM. Os oficiais alegam que o disparo foi acidental.
VÍDEO:
Diz a Ponte:
Wesley de Moraes, um dos amigos que acompanhavam Brian durante a abordagem da PM, afirma que o policial militar o puxou pelo colarinho do carro, já com a arma apontada para o rapaz, o disparou contra ele.
O PM responsável pelo tiro contra Brian foi preso pela Polícia Civil por homicídio culposo (sem intenção de matar) e ficou dois dias no Presídio Militar Romão Gomes, no Jardim Tremembé (zona norte de SP). Depois, ele foi libertado.
Mais uma morte mais do que suspeita envolvendo os policiais de São Paulo. O que vai acontecer com eles?
Valdinéia Pontes, a mãe de Brian, fala, em vídeo dos Jornalistas Livres, que seu filho foi executado:
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