Jovem enviou mensagens para a mãe antes de morrer na boate Pulse
"Preso no banheiro. Pulse. Centro. Chame a polícia. Chame eles mamãe. Agora. Ele está vindo. Eu vou morrer". Jovem se comunicou com a mãe antes de ser assassinado na boate gay Pulse, em Orlando
Mina Justice estava dormindo quando recebeu a primeira mensagem de seu filho, Eddie Jamoldroy Justice, 30, e acordou, sonolenta.
O rapaz estava na boate Pulse, em Orlando, na Flórida (EUA), na madrugada de domingo (12), onde um atirador matou 50 pessoas e morreu em seguida.
“Mamãe eu te amo”, dizia o texto. Eram 2h06 de domingo. “Estão atirando na boate.”
Mina tentou ligar para o filho, sem sucesso. Ela enviou então outra mensagem a Eddie, perguntando se ele estava bem. O rapaz respondeu: “Preso no banheiro. Pulse. Centro. Chame a polícia”.
Às 2h39, Eddie enviou: “Chame eles mamãe. Agora. Ele está vindo. Eu vou morrer”.
Eddie foi um dos dez primeiros nomes identificados e divulgados pela Prefeitura de Orlando na lista de vítimas do massacre na boate Pulse.
O atirador, o americano Omar Mateen, 29, disse ter agido em nome da milícia Estado Islâmico, que assumiu nesta segunda (13) a autoria do atentado.
A polícia americana, porém, ainda não encontrou evidências que comprovem a ligação de Mateen com a facção terrorista.
‘Soldado do califado’
O grupo extremista EI (Estado Islâmico) reivindicou nesta segunda-feira (13/06) o massacre que deixou 50 mortos e 53 feridos na boate Pulse, em Orlando, nos Estados Unidos, e qualificou Omar Mateen, acusado pelo ataque, como um “soldado do califado”.
“O irmão Omar Mateen, um soldado do califado, realizou uma incursão de segurança com a qual conseguiu irromper no clube noturno de homossexuais de Orlando, onde matou e feriu mais de cem antes de ser assassinado”, disse o grupo em uma mensagem divulgada naemissora de rádio Al Bayan.
Segundo a mensagem do EI, Deus teria permitido a Mateen atacar os ‘cruzados’ e destacou que a ação é “a maior registrada nos EUA pelo número de mortos”.
O comunicado veio um dia após outra mensagem do grupo, divulgada pela agência Amaq, dizer que o massacre havia sido obra de “um combatente”.
A ação, que começou por volta das 2h local (3h em Brasília) do domingo, foi o ataque com armas de fogo mais letal da história norte-americana
com informações de AFP