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Paulinho da Força é chamado de “corrupto” e “golpista” em avião

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Em voo de São Paulo a Brasília, Paulinho da Força foi chamado de “corrupto”, “golpista” e “Paulinho da Farsa” por passageiros. Líder da Força Sindical não reagiu e ficou de cabeça baixa (vídeo). O deputado Beto Mansur, outro fiel aliado de Cunha, também estava no avião e saiu em defesa do colega

(Imagem: Os deputados Paulinho da Força [esq] e Beto Mansur, ambos aliados de Eduardo Cunha)

Presidente licenciado da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) foi hostilizado em um voo comercial da Gol que saiu de São Paulo para Brasília na noite do último domingo (19).

Conhecido como “Paulinho da Força”, o parlamentar esperava a decolagem do avião quando foi surpreendido por um passageiro que, apresentando aos demais a presença do deputado, iniciou uma onda de xingamentos e protestos, com direito a apelido.

No mesmo voo, o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), sai em defesa do colega e troca ofensas com os manifestantes (veja nos vídeos abaixo). Ele e Paulinho são dois dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa.

“Este senhor que está aqui sentado, a gente chama de ‘Paulinho da Farsa [Sindical]‘”, provocou o passageiro, de pé no corredor do avião e dirigindo-se ao deputado – que, ao perceber a manifestação, apressou-se em folhear o que parece ser uma revista de bordo. Tão logo o homem iniciou o protesto, ouve-se a adesão de passageiros e gritos como “fora, golpista!”. Em quase dois minutos de vídeo, o parlamentar não esboça reação ou responde aos insultos.

“É um senhor golpista. Queria um coro: fora, golpista! Golpista! Golpista!”, continuou o manifestante, acompanhado por vários passageiros – chama a atenção um rapaz que, sentado ao lado de Paulinho da Força, adere aos poucos aos protestos.

Aliado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Paulo Pereira foi uma das principais peças no impeachment de Dilma na Câmara. Meses antes de iniciado o processo, em dezembro de 2015, por determinação de Cunha, o deputado já mobilizava militantes da Força Sindical nas dependências e nas cercanias do Congresso, em protestos contra o governo petista em diversas ocasiões. Durante os trabalhos que culminaram, em 17 de abril, na admissão do processo de afastamento, os esforços do grupo se intensificaram.

No voo comercial, Paulo Pereira foi socorrido por Beto Mansur, que também passou a ser alvo de gritos como “corrupto!”, “fascista!” e “golpista!”. Em determinado instante do episódio, Mansur chega a levantar para apertar a mão do colega e retrucar passageiros. “Vocês é que são golpistas! A Dilma é que deu golpe!”, rebateu o deputado, também aliado fiel de Eduardo Cunha, aos gritos e de dedo em riste.

“Beto Mansur, ladrão! Corrupto!”, diz uma passageira. “Gente, deixe ele falar sozinho…”, aconselhou uma aeromoça.

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