Redação Pragmatismo
Corrupção 03/Jun/2016 às 10:44 COMENTÁRIOS
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Pressionado, Gilmar Mendes autoriza abertura de inquérito contra Aécio Neves

Publicado em 03 Jun, 2016 às 10h44

Após constatar que estava muito explícita a sua proteção a Aécio Neves, Gilmar Mendes autoriza continuação de inquérito contra o senador tucano. Nesta semana, o procurador-geral Rodrigo Janot desafiou o ministro e pediu publicamente o prosseguimento das investigações

Aécio Neves Gilmar Mendes furnas
Aécio Neves e Gilmar Mendes (folhapress)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou ontem (2) a retomada do inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dia após parecer no qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se a favor do prosseguimento das investigações que apuram supostos crimes cometidos pelo senador em Furnas, empresa subsidiária da Eletrobras.

Há duas semanas, o ministro Gilmar Mendes, relator da investigação, suspendeu as diligências e devolveu o processo para o procurador-geral Rodrigo Janot. Na ocasião, ao decidir a questão, Mendes entendeu que não há fatos para uma nova investigação contra o senador, sendo que o procurador pediu o arquivamento de um primeiro pedido em março do ano passado.

Na manifestação protocolada na quarta-feira (1º), além de indicar que há novas provas para o prosseguimento do inquérito, Janot diz que o ministro não pode se recusar a dar prosseguimento ao inquérito sem a anuência da procuradoria. Entre as provas estão os depoimentos do ex-senador Delcídio do Amaral, nos quais Aécio foi citado como recebedor de “pagamentos ilícitos”, feitos, segundo ele, pelo ex-diretor de Furnas Dimas Toledo.

Em nota, Aécio Neves disse que compreende o papel do Ministério Público em dar prosseguimento às investigações, mas que tem a convicção de que sua inocência será provada.

“Tenho a absoluta convicção de que, ao final, ficará provado mais uma vez a minha inocência, como já aconteceu no passado, o que levou, inclusive, ao arquivamento dessas mesmas acusações”, disse o senador.

Agência Brasil

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