Irmã de sargento do Exército que espancou a esposa o defende: ‘Nariz é sensível, por isso sangrou’. Os próprios filhos denunciaram as agressões do pai contra a mãe nas redes sociais e divulgaram imagens da covardia
Dois dias antes do sargento do Exército Joel Jorge Cardoso Ribeiro, de 43 anos, ser preso por policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Nova Iguaçu, acusado de agredir a própria esposa, Fabiane Boldrini, de 34 anos, sua irmã, Katia Ribeiro, entrou em sua defesa nas redes sociais.
Katia publicou um texto em seu perfil no Facebook em que justifica o ocorrido entre o irmão e a cunhada: “Tudo isso aconteceu por revolta de mulher insegura”, afirma.
Procurando uma maneira e justificar a agressão, Katia diz que há cerca de um mês a cunhada trancou a casa e não deixou Joel entrar, por este motivo ele teria pulado o muro. Katia conta que eles brigaram e, por ser homem e ter mais força, o nariz de Fabiane sangrou com um golpe. “Como o nariz é sensível, acabou que sangrou e ela diz estar quebrado”, diz.
Entenda o caso
O caso teve repercussão após os filhos do casal denunciarem a violência do pai contra a mãe nas redes sociais. O menino de 11 anos usou a página na internet para expor a covardia. Em uma publicação, que teve mais de 30 mil compartilhamentos, ele postou fotos da mãe depois de ser agredida.
“Estou fazendo aqui um protesto contra meu pai Joel Jorge”, disse X. “Por mais que ele tente se explicar, isso não tem justificativa, ela é vítima dele por muitos anos. Ele fraturou o nariz dela com um soco porque ela disse que não queria mais viver com ele, aguentando tudo. E antes que pensem que ela fez alguma coisa de errado, ela não fez nada para merecer isso. Eu sou testemunha”, disse o garoto.
Joel utilizou as redes para se justificar e confessa a agressão: “Peço desculpas à Fabiane Boldrini. Realmente o fato que aconteceu só me faz lembrar o quanto me dediquei a minha família. Errei quando bati”, disse. Entretanto, o sargento dá um recado: “ Sempre serei um pai, não adianta querer me fazer parecer esse monstro. (…)”
Antes de ser preso, o sargento recebeu o apoio de amigos e familiares em suas redes: “Só vocês sabem o que aconteceu”, “Deus está contigo, irmão”, diziam os comentários. Joel Jorge foi preso no início do mês de julho.
De acordo com a Polícia Civil, Fabiane Boldrini registrou a violência no dia 29 de maio na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque). Exame de corpo de delito e medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha foram solicitados. O inquérito policial foi concluído em menos de um mês.
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