Lutador da Nova Zelândia relata que foi sequestrado por policiais no Rio de Janeiro: "Fui ameaçado de prisão se eu não entrasse no carro para rodar caixas eletrônicos e sacar uma grande quantidade em dinheiro". Jay Lee detalhou como tudo aconteceu em um depoimento no Facebook
Um lutador de jiu-jistu da Nova Zelândia relatou em redes sociais que sofreu um sequestro relâmpago por homens com farda policial no Rio. Segundo postou Jayson (Jay) Lee neste domingo (24), ele foi obrigado a entrar em um carro e a rodar por caixas eletrônicos para sacar dinheiro.
No Facebook, Lee explicou a dinâmica do crime. “Então, ontem [sábado] eu fui sequestrado no Brasil. Não por algumas pessoas aleatórias com armas, mas por policiais em serviço com uniforme completo. Fui ameaçado de prisão se eu não entrasse no carro particular e os acompanhasse até dois caixas eletrônicos para retirar uma grande soma de dinheiro para suborno”, escreveu.
“Eu não tenho certeza o que é mais deprimente, o fato de essas coisas estarem acontecendo com os estrangeiros tão perto dos Jogos Olímpicos ou o fato de que os brasileiros têm de viver em uma sociedade que permite que essa brande besteira diariamente. Este lugar é bem e verdadeiramente f… em todos os sentidos da palavra que se possa imaginar”, continuou o lutador.
Lee também escreveu em seu perfil que ao prestar depoimento na delegacia ocultou detalhes importantes, como o número da placa do carro dos supostos policiais, por medo de represálias.
De acordo com o jornal neozelandês NZ Herald, Lee está há dez meses no Brasil para aprimorar suas técnicas de jiu-jitsu, já que o país é referência no esporte.
Policiais presos
Os policiais do Batalhão de Vias Especiais (BPVE) suspeitos de terem participado do sequestro de Lee estão presos administrativamente, segundo informações da Polícia Militar.
Eles prestaram depoimento na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, no Méier, na Zona Norte do Rio, na noite desta segunda (25) para prestar depoimento, como mostrou o Bom Dia Rio.
Em nota, a PM informou que o fato está sendo apurado rigorosamente e sendo comprovado, os PMs serão submetidos a processo administrativo disciplinar.
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