Tanto Rodrigo Maia (DEM) como Rogério Rosso (PSD) seguirão a cartilha de Eduardo Cunha e Michel Temer. Os dois disputam, nos próximos minutos, o comando da Câmara dos Deputados – um poder que administra R$ 5 bilhões por ano
A eleição para a presidência da Câmara será decidida em segundo turno entre os deputados governistas Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF). Maia teve 120 votos e Rosso, segundo mais votado, outros 106. O terceiro lugar ficou com Marcelo Castro (PMDB-PI), com 70 votos.
O quarto lugar ficou com Giacobo (PR-PR), com 59 votos, seguido por Esperidião Amin (PP-SC), com 36; Luiza Erundina (PSOL-SP), com 22; Orlando Silva (PCdoB-SP), com 16; Fábio Ramalho (PMDB-MG), com 18; Cristiane Brasil (PTB-RJ), com 13; Carlos Henrique Gaguim (PTN-TO), com 13; Carlos Manato (SD-ES), com 10; Miro Teixeira (Rede-RJ), com 6; e Evair Vieira de Melo (PV-ES), com 5.
Rodrigo Maia
Rodrigo Maia, candidato apoiado pela antiga oposição à presidente Dilma, citou Michel Temer como um exemplo a ser seguido ao elogiar antigos presidentes da Câmara. O deputado do DEM também elogiou Aécio Neves e reconheceu o momento de “crise política” no Brasil.
Deputado federal desde 1999, Maia está em seu quinto mandato consecutivo. É filho do ex-deputado federal e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia. O deputado teve seu nome envolvido na Operação Lava Jato após aparecer em troca de mensagem de Léo Pinheiro, da OAS, pedindo doações. Maia é alvo de um pedido de inquérito da Procuradoria-Geral da República.
Rogério Rosso
Rosso é da base aliada de Michel Temer e foi apontado como favorito entre os candidatos do chamado centrão, grupo de 13 partidos que apoiam Temer e reforçaram seu peso político durante a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara.
O deputado, líder do PSD, iniciou o seu discurso no primeiro turno agradecendo a Deus e a família brasileira. “Principalmente a minha família”, disse.
Politicamente, Rosso já se definiu em entrevista como “de centro, pro lado direito”. Ele tem evitado opinar sobre o processo de cassação de Cunha –”vamos aguardar o parecer do conselho”–, mas enfrenta outros temas polêmicos, como o Estatuto da Família, que diz apoiar.
Rosso foi um dos 367 deputados que votaram pela abertura de processo de impeachment contra Dilma. O deputado é investigado por peculato e indiciado por corrupção. Os crimes são relacionados ao mandato-tampão como governador do Distrito Federal, em 2010, após um escândalo de corrupção que prendeu o então governador José Roberto Arruda e obrigou o vice, Paulo Octávio, a renunciar.
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