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Serra e FHC tentam persuadir Tabaré Vázquez e recebem lição de democracia

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Presidente do Uruguai Tabaré Vázquez ensina democracia a José Serra e Fernando Henrique Cardoso ao rejeitar pedido dos brasileiros: "É preciso respeitar as regras!"

Serra e FHC viajaram ao Uruguai para pressionar presidente Tabaré Vázquez a não passar presidência do Mercosul à Venezuela

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu, nesta segunda-feira, uma aula de democracia do presidente uruguaio Tabaré Vazquez.

“É preciso respeitar as regras”, disse Vazquez, quando FHC e o chanceler interino José Serra lhe pediram para não transferir a presidência temporária do Mercosul à Venezuela, como preveem as regras do bloco.

“Existe uma posição do Uruguai que compreendemos, que se tem de respeitar as regras”, admitiu FHC. Em seguida, ele relativizou a posição brasileira. “Não estamos pedindo para não respeitar as regras, mas que se possa discutir, mais adiante, se a Venezuela fez a lição de casa para ingressar no Mercosul”, declarou o ex-presidente tucano.

O Brasil, segundo explicou Serra em entrevista após a reunião, busca uma posição intermediária. Curiosamente, Serra pretendia aplicar a cláusula democrática à Venezuela, quando o próprio Brasil vem sendo contestado dentro da própria Unasul por ter levado adiante um golpe parlamentar contra a presidente eleita Dilma Rousseff.

Segundo a imprensa uruguaia, Vázquez não irá ceder ao pedido brasileiro de ruptura das regras do Mercosul.

Reação venezuelana

A ofensiva de Serra e FHC para atropelar as regras provocou reações imediatas da Venezuela. Em sua conta no Twitter, a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, escreveu: “A República da Venezuela rechaça as insolentes e amorais declarações do chanceler de facto do Brasil.”

Ela insistiu que há no Brasil um golpe de Estado “que vulnera a vontade de milhões de cidadãos que votaram na presidenta Dilma (Rousseff)”, e atacou: “O chanceler de facto José Serra se soma à conspiração da direita internacional contra Venezuela e vulnera princípios básicos que regem as relações internacionais”.

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