Para fugir das vaias, Michel Temer decidiu ficar longe do maracanã na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos. Ausência do presidente interino causou constrangimento com o governo japonês
Ausente na festa de encerramento da Olimpíada depois de ser vaiado na cerimônia de abertura, o presidente em exercício, Michel Temer, mandou uma carta ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, entregue pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A ausência de Temer causou constrangimento entre o governo e a comitiva japonesa, porque havia a expectativa de um encontro bilateral com o presidente.
O governo brasileiro ofereceu ao primeiro-ministro japonês a opção de descer em Brasília, para uma reunião com Temer, antes de seguir para o Rio.
O governo japonês, no entanto, disse que não poderia aceitar o convite, porque a programação de Abe já estava fechada e ele passaria apenas 18 horas no Brasil.
“Confio que poderemos encontrar-nos proximamente. Teremos sempre a beneficiar-nos do diálogo franco e aberto sobre nossa diversificada agenda bilateral e sobre temas globais de interesse comum”, disse Temer, na carta.
O presidente em exercício desejou sucesso na realização dos Jogos Olímpicos de 2020, que serão em Tóquio.
Ausência positiva?
De acordo com o jornalista Paulo Moreira Leite, a ausência de Michel Temer teve um aspecto didático, já que nem o presidente interino nem seus ministros poderiam reivindicar para si nada de positivo nos Jogos Olímpicos.
“As Olimpíadas foram um sucesso no plano da organização e revelaram um animador sinal de progresso do esporte brasileiro na última década e meia. É preciso que se faça justiça: os troféus são produto do período Lula-Dilma, que trouxe a Olimpíada para o Brasil e demonstrou competência para garantir seu sucesso”, disse.
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