Ao vivo, na TV Globo, o jornalista César Tralli provou que João Doria Jr. mentiu. Vídeo já é um dos mais repercutidos nas redes sociais. Ao insistir na mentira de que não seria invasor de área pública, o candidato tucano à prefeitura de São Paulo foi desmascarado e ficou em saia justa
Em entrevista realizada durante o SPTV 1ª edição, da TV Globo, nesta quarta-feira, 21, o clima ficou bem tenso entre o jornalista César Tralli e o candidato tucano a prefeito de São Paulo, João Doria Jr (vídeo abaixo).
Tralli questionou o candidato sobre uma área pública de 400 m² incorporada a seu imóvel em Campos do Jordão. “Esse processo corre faz vinte anos. A Justiça já mandou o senhor devolver essa área pra prefeitura, mas, o senhor insiste em manter essa área pública anexada à sua propriedade particular. O senhor se considera um invasor?”, perguntou.
Após uma repetir várias vezes “não, não, não”, o candidato do PSDB tentou por panos quentes no embate com um elogio ao apresentador e rebateu a questão. “Tralli, gosto muito de você e admiro o seu trabalho. Você é o jornalista mais brilhante que eu conheço há muitos anos. Não é verdade o que você está falando”, disse.
A resposta não foi o bastante para o jornalista, que contestou a afirmação e chegou a ler ao vivo uma decisão da Justiça sobre a reintegração de posse.
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Mais ilegalidade
Matéria do jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira (22) afirma que João Dória Jr. (PSDB) desrespeita a Lei de Zoneamento com a instalação de seu escritório político em área exclusivamente residencial, no Jardim América, bairro nobre da cidade.
O tucano é um dos fundadores e vice-presidente da AME Jardins, associação de moradores que protagonizou embates com a prefeitura meses atrás pela manutenção do caráter residencial do bairro.
O escritório, localizado na rua Prudente Correia, sedia reuniões de integrantes da campanha e encontros de colaboradores para a elaboração do programa de governo, segundo relatos de aliados.
Ainda de acordo com a Folha, um telefonema foi feito para o imóvel e uma mulher atendeu dizendo: “Escritório político de João Doria, boa tarde”.
O diretor-executivo da AME Jardins, João Maradei, disse que, no primeiro semestre, a associação chegou a reclamar com a campanha da ocupação irregular do espaço.
“Alertamos que não poderia haver esse uso, isso nós fizemos. Houve questionamentos se lá seria o comitê e a gente evidentemente mostrou preocupação”, afirmou.
Doria instalou o comitê em outro endereço, na avenida Europa, e manteve ali o escritório político.
A AME Jardins disse que acionará a campanha mais uma vez dada a manutenção das atividades. “Agora, eu vou questionar os advogados do Doria qual é a atividade que está sendo feita lá”, disse o diretor-executivo.
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