Redação Pragmatismo
Mundo 09/Set/2016 às 11:10 COMENTÁRIOS
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Coreia do Norte faz seu maior teste nuclear e EUA prometem 'sérias consequências'

Publicado em 09 Set, 2016 às 11h10

Explosão atômica de 10 quilotons de energia foi a mais potente desde a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945; teste provocou terremoto de 5,3 graus na escala Richter. EUA reagem e prometem sérias consequências. Confira como se posicionaram outros países

Coreia do Norte teste nuclear
Teste nuclear da Coreia do Norte causou sismo de 5,3 graus na escala Richter.

Organizações e líderes mundiais condenaram, nesta sexta-feira (09/09), o quinto teste nuclear realizado pela Coreia do Norte. A explosão atômica, confirmada pelo governo de Kim Jong-um, foi a mais potente desde a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945, segundo especialistas.

A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), ligada à ONU, advertiu que o anúncio de Pyongyang representa uma “clara violação” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e um ato “preocupante e lamentável”.

“Peço categoricamente à Coreia do Norte que aplique totalmente todas as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA”, afirmou em comunicado Yukiya Amano, secretário-geral desse organismo da ONU.

A pedido dos Estados Unidos, do Japão e da Coreia do Sul, o Conselho de Segurança da Organização da ONU realiza nesta sexta uma reunião a portas fechadas sobre o tema.

Em comunicado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, qualificou o teste como uma “provocação” e sugeriu aos países “aliados e parceiros” que o teste nuclear tenha “sérias consequências” para a Coreia do Norte.

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A presidente sul-coreana, Park Geun-hye, condenou “energicamente” o teste, que representa uma “clara violação” das resoluções da ONU e também um “ato de desafio contra a comunidade internacional”.

O governo alemão convocou o embaixador da Coreia do Norte em Berlim. Em entrevista coletiva à imprensa, o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, condenou “com toda contundência” um teste com o qual a Coreia do Norte procura de maneira “irresponsável” avançar na desestabilização do nordeste asiático.

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, descreveu o programa de testes da Coreia do Norte como uma “grave ameaça” para o Japão.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, declarou estar seriamente preocupado com o teste. “As resoluções do Conselho de Segurança devem ser estritamente implementadas e devemos enviar esta mensagem de maneira muito forte”, disse.

A China, único grande parceiro do governo de Kim Jong-um, condenou a ação e informou que irá notificar a Coreia do Norte.

O governo da Coreia do Norte confirmou nesta sexta-feira ter realizado seu quinto teste nuclear, o mais potente até então.

“A detonação atômica aconteceu com sucesso”, disse a locutora Ri Chun-hee, encarregada de divulgar os principais anúncios do regime, em um informe especial exibido na televisão estatal KCTV.

De acordo com a locutora, o novo teste atômico é uma “medida de resposta aos EUA e a nossos inimigos que nos sancionaram, negando nosso status de orgulhosa potência nuclear e criticando nossas ações baseadas no direito à autodefesa”.

Chun-hee acrescentou que os norte-coreanos vão “continuar reforçando nossas capacidades para impulsionar nossa força nuclear”.

A explosão, realizada no dia em que a Coreia do Norte comemora o 68º aniversário de sua fundação, ocorreu na base de Punggye-ri, no nordeste do país, mesmo local onde o país havia detonado explosivos nucleares em 2006, 2009, 2013 e em janeiro deste ano, que lhe causaram fortes sanções do Conselho de Segurança da ONU.

O teste nuclear realizado nesta sexta teria liberado 10 quilotons de energia – o dobro do verificado quarto teste realizado pelo país, segundo cálculos do Exército sul-coreano.

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Segundo especialistas, essa foi a maior explosão atômica desde a bomba lançada pelos Estados Unidos sobre a cidade de Hiroshima em 1945, que liberou cerca de 15 quilotons.

O teste causou também um terremoto de 5,3 graus na escala Richter.

EFE e Opera Mundi

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