Qual capital lidera o ranking de bem-estar urbano no Brasil? Levantamento inédito coordenado pela UFRJ revela o posicionamento das 27 capitais brasileiras (e de todos os municípios do país) a partir de cinco indicadores de qualidade. Confira o resultado
Levantamento inédito do Observatório das Metrópoles, coordenado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revela o Índice de Bem-Estar Urbano dos municípios brasileiros.
Entre as 27 capitais, Vitória (ES) lidera, com 0,9. Quanto mais próximo de 1,0, melhor é a condição de bem-estar urbano.
No ranking geral, considerando todos os municípios do Brasil, as cinco primeiras colocadas estão no Estado de São Paulo. Buritizal é a campeã nacional (0,951). Na 5.565.ª posição, o pior índice é de Presidente Sarney (MA), com 0,444.
O estudo avaliou cinco indicadores de qualidade: mobilidade urbana, como o tempo de deslocamento de casa para o trabalho; condições ambientais (arborização, esgoto a céu aberto, lixo acumulado); condições habitacionais (número de pessoas por domicílio e de dormitórios); serviços coletivos urbanos (atendimento adequado de água, esgoto, energia e coleta de lixo); e infraestrutura.
Abaixo, confira o ranking das 27 capitais do Brasil
1. Vitória (ES) – 0,9000
2. Goiânia (GO) – 0,8742
3. Curitiba (PR) – 0,8740
4. Belo Horizonte (MG) – 0,8619
5. Porto Alegre (RS) – 0,8499
6. Campo Grande (MS) – 0,8275
7. Aracaju (SE) – 0,8214
8. Rio de Janeiro (RJ) – 0,8194
9. Florianópolis (SC) – 0,8161
10. Brasília (DF) – 0,8131
11. Palmas (TO) – 0,8129
12. São Paulo (SP) – 0,8119
13. João Pessoa (PB) – 0,7992
14. Fortaleza (CE) – 0,7819
15. Recife (PE) – 0,7758
16. Salvador (BA) – 0,7719
17. Cuiabá (MT) – 0,7704
18. Natal (RN) – 0,7383
19. Boa Vista (RR) – 0,7249
20. Teresina (PI) – 0,7218
21. Maceió (AL) – 0,7036
22. São Luís (MA) – 0,7003
23. Rio Branco (AC) – 0,6972
24. Manaus (AM) – 0,6903
25. Belém (PA) – 0,6593
26. Porto Velho (RO) – 0,6542
27. Macapá (AP) – 0,6413
A dimensão que apresenta a pior situação de bem-estar, nacionalmente, é a infraestrutura das cidades: 91,5% dos municípios estão em níveis ruins e muito ruins. Para avaliar a infraestrutura, o Observatório considerou sete indicadores: iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio/guia, bueiro ou boca de lobo, rampa para cadeirantes e logradouros. Somente um município apresenta condição muito boa de infraestrutura: Balneário Camboriú (SC).
Para Marcelo Ribeiro, professor da UFRJ e pesquisador do Observatório, o índice revela uma desigualdade regional. “Os municípios que apresentaram as melhores condições estão nas regiões Sudeste e Sul, um pouco no Centro-Oeste. Os piores índices, em geral, estão no Norte e Nordeste, e também no Centro-Oeste, uma zona de transição”, disse.
Arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Lúcio Gomes Machado destaca que Palmas e Brasília, com melhores Índices do que a capital paulista, são cidades planejadas.
“Uma cidade razoavelmente planejada, ainda que seja mal gerida, carrega durante bom tempo esse planejamento como trunfo positivo.”
Segundo Machado, a falta de integração com os municípios da região metropolitana e o crescimento desordenado de São Paulo ajudam a explicar a 12ª posição entre as capitais.
Agência Estado
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