Redação Pragmatismo
Política 14/Set/2016 às 17:36 COMENTÁRIOS
Política

"Peguei muito sol", diz deputada que faltou à sessão que cassou Eduardo Cunha

Publicado em 14 Set, 2016 às 17h36

Aliada de Eduardo Cunha, Raquel Muniz explicou por que não compareceu à sessão que cassou o mandato do ex-presidente da Câmara. A parlamentar ganhou projeção nacional após gritar 'sim, contra a corrupção' no impeachment de Dilma e, no dia seguinte, ver o marido ser preso pela PF por corrupção

Raquel Muniz Eduardo Cunha votação
(Imagem: A deputada Raquel Muniz)

Aclamado como o homem mais influente do Congresso Nacional até pouco tempo atrás, Eduardo Cunha (PMDB) viu seus aliados sumirem repentinamente.

Apenas 10% da Câmara apoiou o ex-deputado na sessão que cassou o seu mandato. Somados os votos por sua absolvição (10), as abstenções (9) e as ausências (42), 61 deputados ficaram ao seu lado.

Entre eles uma personagem que ganhou projeção na votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff, a deputada Raquel Muniz (PSD-MG).

O marido, então prefeito de Montes Claros (MG), foi preso sob acusação de corrupção um dia depois de ela citá-lo na tribuna da Câmara, na sessão do impeachment.

Raquel Muniz não apareceu na cassação de Cunha, nesta segunda (12).

“Eu não estava bem. Estou em campanha no meu Estado, fiz uma caminhada muito longa e acho que peguei uma insolação”, afirmou a deputada.

Questionada sobre sua posição, afirma que votaria a favor de Cunha. “Foi um bom presidente, deu celeridade à Casa, não tenho nada contra ele”, disse.

Outro aliado de Cunha que não deu as caras foi o líder da bancada do PTB, Jovair Arantes (GO), indicado pelo peemedebista para relatar o processo de impeachment de Dilma. “Achei melhor não ir, simples assim.”

As ausências contaram a favor de Cunha. Era preciso pelo menos 257 votos para que ele perdesse o mandato.

Entre os dez deputados que votaram pela inocência de Cunha, Carlos Marun (PMDB-MS) foi o que mais se dispôs a defendê-lo publicamente.

“Faria tudo de novo. A tendência é até de a minha votação crescer nas próximas eleições. As pessoas buscam políticos com coragem de defender aquilo que pensam.”

Marun afirma não ter se convencido de um delito que justificasse a cassação.

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS