Após a deposição de Dilma Rousseff pelo Senado Federal nesta quarta-feira (31), manifestantes foram às ruas protestar contra o golpe e pedir 'Fora Temer'. A repressão que sofreram fez lembrar dos tempos sórdidos da ditadura e sugere que dias mais difíceis virão
Terminou em repressão o primeiro protesto nas ruas de São Paulo com Michel Temer como presidente.
Nesta quarta-feira, poucas horas após o Senado votar pelo impeachment de Dilma Rousseff, a avenida Paulista foi tomada por manifestantes que protestavam contra o impedimento.
Concentrados na frente do Masp, ficaram separados por duas correntes de policiais do pequeno grupo que comemorava o impeachment em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Tudo correu bem nas primeiras horas do ato favorável a Dilma, mas a situação ficou caótica quando os manifestantes começaram a descer a rua da Consolação em direção à Praça Roosevelt, no centro da cidade.
Pelo terceiro dia seguido, a Polícia Militar dispersou o movimento com bombas de efeito moral. Vários manifestantes ficaram feridos e foram atendidos na Santa Casa.
A PM não divulgou quantas pessoas participaram da manifestação, que ocupou as duas faixas da avenida Paulista entre as ruas Casa Branca e Ministro Rocha Azevedo. Por volta das 20h, o grupo saiu da frente do Masp e seguiu em direção à rua da Consolação.
Bombas de efeito moral foram atiradas nos manifestantes, que responderam com rojões lançados na direção dos policiais. Alguns black blocs depredaram agências bancárias.
Após a ação da polícia, os manifestantes se dispersaram e foram perseguidos por cerca de 1h30 pelas ruas do centro de São Paulo. Além das bombas, a PM usou também dois caminhões da Tropa de Choque, que jogavam jatos de água na direção das pessoas.
Outras cidades também tiveram protestos a favor de Dilma Rousseff. Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro registraram os maiores atos.
com Agência Brasil, Mídia Ninja e El País