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Com medo, vítima de boato nas redes sociais parou de sair de casa

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“Estão acabando com a minha vida. Minha família toda está ameaçada”. Carlos Batista deixou de sair de casa após uma foto sua com a informação de que seria estuprador e sequestrador de crianças se espalhar nas redes sociais. O serralheiro já registrou B.O e agora implora para que não repassem o boato

Carlos Luiz Batista, vítima de boato nas redes sociais

Vítima de um boato em redes sociais, Carlos Luiz Batista, de 39 anos, está há duas semanas com medo de sair de casa.

Nos últimos dias, a vida do serralheiro se transformou após uma foto sua com a informação de que seria estuprador e sequestrador de crianças se espalhar nas redes sociais.

Em pouco tempo, a imagem viralizou e o homem passou a receber frequentes ameaças. Nas imagens, no entanto, o nome de Calos não é citado. Ele é identificado apenas como morador de Mesquita, na baixada Fluminense do Rio de Janeiro, e dono de um carro Fox de cor preta.

“Estão acabando com a minha vida. Não sei quem inventou essa mentira, mas minha família toda está ameaçada por causa de uma calúnia”, desabafou Carlos. As informações são do jornal carioca Extra.

Assustado com a repercussão, ele registrou uma ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), no último dia 22. Mesmo assim, as imagens continuaram a ser compartilhadas. Carlos resolveu, então, publicar um vídeo para implorar que não repassem o boato.

Boato espalhado por internautas

Na gravação, ele aparece reunido com a família e exibe o boletim de ocorrência registrado na polícia. As imagens foram gravadas na última sexta-feira (30) e, em menos de três dias, houve mais de 2 milhões de visualizações.

O caso de Carlos está sendo investigado pela DRCI. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Fernanda Fernandes, a Polícia Civil encaminhou ao Ministério Público um pedido de quebra de sigilo de IP para obter os dados de um perfil do Facebook que pode ter dado origem à calúnia. A apreciação pode levar de 6 a 8 meses.

Morte

Em maio de 2014, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus foi espancada e morta depois de ser confundida com uma suposta sequestradora de crianças que praticava rituais de magia negra em Guarujá, no litoral de São Paulo. A confusão começou quando uma página do Facebook publicou o retrato falado da suspeita. A informação chegou até moradores da cidade da dona de casa, que a agrediram.

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