Hipster da Federal é militante anti-Dilma e anti-PT
Transformado em celebridade após escoltar Eduardo Cunha, "Hipster da Federal" atribuiu vitória de Dilma a manipulação das urnas eletrônicas. Lucas Valença já pedia o impeachment da presidente eleita antes mesmo das eleições de 2014
Transformado em celebridade desde que escoltou Eduardo Cunha durante sua prisão, o jovem agente da Polícia Federal Lucas Valença, de 30 anos, teve seus perfis nas redes sociais visitados por milhares de internautas.
Com um corte de cabelo estiloso e barba aparada com cuidado, Valença rapidamente conquistou fãs e passou a ser chamado de “hipster da Federal”.
O termo “hipster” é comumente utilizado para definir jovens bem nascidos com estilo alternativo, que costumam trajar roupas chamativas e valorizar a aparência.
Em uma rápida passagem pelos seus perfis nas redes sociais, é possível constatar que Valença é um militante anti-Dilma.
Indignado com a vitória da presidente eleita em 2014, o agente da Polícia Federal atribuiu a vitória de Dilma Rousseff à manipulação das urnas eletrônicas.
“Eu prefiro crer que a manipulação das urnas foi o grande responsável por esse lastimável resultado”, escreveu após a eleição.
“Aquelas mesmas urnas que não são utilizadas nos países mais desenvolvidos do mundo (por que será que nisso o Brasil seria muito melhor?)”, continuou o agente da PF.
Antes mesmo da vitória de Dilma, em fevereiro de 2014, ele havia compartilhado uma petição do site Avaaz pela saída da petista. “Não sei quem foram os felas que a colocaram lá! Mas faço questão de fazer parte de quem vai tirar!”, postou na ocasião.
Explosão de seguidores
Lucas Valença viu seu número de seguidores no Instagram crescer exponencialmente após escoltar Cunha.
Em poucos minutos, alcançou a marca de 4 mil seguidores. Até a publicação desta matéria, Lucas já tinha mais de 138 mil seguidores. Fotos nas redes sociais mostram o dia a dia do policial, mas sem revelar seu trabalho.
‘Celebridades da PF’
A internet brasileira tem o costume de celebrar agentes da Polícia Federal que participam das escoltas de presos no âmbito da Operação Lava Jato.
Antes de Lucas Valença, Newton Ishii foi apelidado de “japonês da Federal” e virou até fantasia de carnaval.
Idolatrado nas manifestações pró-impeachment e símbolo da Lava-Jato, o ‘japonês’ foi detido em 2003, condenado em primeira instância em 2009 e preso recentemente em Curitiba. Depois de solto, passou a usar tornozeleira eletrônica.