Eleições 2016

João Doria altera texto de carta-compromisso contra trabalho escravo

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João Doria altera item de carta-compromisso. Texto inicial, que foi assinado por Haddad, Marta, Russomanno e Erundina, afirmava que futuro prefeito de São Paulo renunciaria ao mandato caso fosse encontrado trabalho escravo sob sua responsabilidade ou ficasse comprovado que alguma vez utilizou mão de obra escrava

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, modificou o item final da carta-compromisso contra o trabalho escravo, enviada para todos os candidatos pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, do Ministério da Justiça.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o tucano alterou o final da carta, no qual afirma que o futuro prefeito da cidade renunciaria ao mandato se fosse encontrado trabalho escravo sob sua responsabilidade ou se ficasse comprovado que alguma vez utilizou mão de obra escrava.

Em vez de assinar a carta sem alteração, como fizeram os candidatos Fernando Haddad (PT) e Luiza Erundina (PSOL), Doria alterou esta parte do texto para:

“Asseguro que serão tomadas todas as providências legais se for encontrado trabalho escravo sob minha responsabilidade ou se ficar comprovado que alguma vez já utilizei desse expediente [mão de obra escrava] no trato com meus empregados.”

A carta com a alteração foi assinada e enviada para a comissão. Segundo o advogado do tucano, Anderson Pomini, Doria modificou a carta porque “o texto proposto se apresentava com redação ruim e ilegal” e que ela responsabilizava o novo prefeito eleito por “eventuais falhas da administração anterior.”

Marta Suplicy (PMDB) e Celso Russomano (PRB) disseram que assinaram o documento e que vão enviar em breve à comissão. Major Olímpio (SD) confirmou o recebimento.

Problemas com a Justiça Trabalhista

João Doria foi condenado pela Justiça do Trabalho a indenizar seis ex-seguranças pessoais e de sua família. De acordo com o relato dos seguranças, eles cumpriam uma jornada de trabalho de até 16 horas por dia, chegando a trabalhar 30 dias seguidos, sem descanso.

Doria defendeu-se dizendo que “já havia pago” as indenizações, mas que a empresa terceirizada contratada não repassou os pagamentos aos trabalhadores.

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