Professor da Unicamp, Leandro Karnal analisa os efeitos da PEC 241, proposta do governo Temer que congela os investimentos públicos e os salários dos servidores por 20 anos
Ao analisar a Proposta de Emenda à Constituição PEC 241 – 16, que congela os investimentos públicos (ao mesmo tempo em que torra o dinheiro com a mídia hegemônica e entrega nosso patrimônio aos estrangeiros) e os salários dos servidores por 20 anos, o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Leandro Karnal diz que até as gerações futuras sentirão os efeitos nefastos das medidas.
“Acho que salvar a economia é muito importante, mas nós temos que salvar com os passageiros e não apenas com o barco”, afirma Karnal. Ele lembra também o que disse Mario Sérgio Cortella de que a “educação está fora por um contingenciamento da Constituição”.
O professor explica ainda a diferença entre atividades meio e fim. “Educação e saúde são atividades fim do Estado, portanto, não devem ser comprometidas com as políticas de contenção de gastos.”
“Se você comprometer atividade fim do Estado, você está comprometendo toda a próxima geração”, afirma o historiador.
Leandro Karnal compara a proposta de Michel Temer para superar a crise com o sacrifício da classe trabalhadora ao Mito de Pirro (metáfora que descreve uma vitória tão desgastada que se torna inútil).
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Para Karnal, a estratégia econômica de Temer seria como a Vitória de Pirro na mitologia grega, “ou seja, alguém que vence a guerra, mas vence sozinho porque o seu exército foi todo dizimado”. Por isso, para ele, cortar investimentos em educação e saúde levará o Brasil à bancarrota total por décadas.
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