Em desabafo emocionado, geólogo que ajudou a descobrir o pré-sal diz que país está sendo transformado ‘num puteiro’, como a China do século 19: “Estamos perdendo o Brasil”. Assista
O geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor da Petrobras, fez um desabafo apaixonado durante o seminário sobre o petróleo e o pré-sal promovido pelo Clube de Engenharia, no Rio.
Inicialmente, ele lembrou que o Brasil tem as duas maiores províncias minerais do mundo, em Carajás e Minas Gerais. Produz na Amazônia 20% do oxigênio do planeta. Tem o maior aquífero do mundo. Tem o equivalente a 50% do seu território submerso na Amazônia Azul. Para completar, descobriu o pré-sal com a inteligência brasileira — uma reserva repleta de gás, que permite a produção de fertilizantes.
Isso contrasta com o fato de que o brasileiro ainda consome menos energia per capita que o português. Reflexo de uma profunda desigualdade social.
Para Estrella, o Brasil agora é vítima do “grande poder internacional”. Ele localiza o início do mergulho na escolha de Joaquim Levy para ser ministro da Fazenda, pela presidenta Dilma Rousseff.
O golpe foi o “mergulho no poço”.
O ex-diretor da Petrobras acredita que o Brasil está sendo transformado num “puteiro” do capitalismo financeiro internacional, perdendo a soberania da mesma forma que a China perdeu no século 19 — ah, mas então foi por conta das guerras do ópio.
E no caso do Brasil? É entreguismo puro ou combinado com ação externa?
Estrella vê uma “guerra autofágica” entre forças políticas que agora deveriam se unir.
“Estamos perdendo o Brasil!”, ele denuncia, de maneira enfática, apaixonada e emocionada.
Estrella propõe uma grande frente que divida as forças políticas entre defensores da dependência ou da soberania nacional.
Vale a pena ver a íntegra.
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