Com a possibilidade de ser derrubado pela delação da Odebrecht, que deve provocar um maremoto em Brasília em 2017, Michel Temer pode ser substituído por uma eleição indireta, na qual os congressistas escolhem o próximo presidente. Nome mais cotado entre parlamentares é o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
Com possibilidade de ser derrubado pela delação da Odebrecht, que deve provocar um maremoto em Brasília em 2017, o governo Temer pode ser substituído por uma eleição indireta, na qual os congressistas escolhem o próximo presidente.
Nesse cenário, os parlamentares já estudam, segundo informações da colunista Mônica Bergamo (Folha), emplacar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para um mandato tampão.
Nesta quarta (26), Bergamo publicou que “lideranças de partidos diversos como o PSDB e o PT” discutem a queda de Michel Temer, tendo em vista que a Operação Lava Jato já vazou informações dando conta de que três ministros, além de Temer, serão atingidos pelas delações: Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima.
Além de FHC, a opção para uma eleição indireta seria Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo bom trânsito político entre vários partidos.
Mas a jornalista aponta um problema, no caso de Jobim: “ele foi contratado pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a ser investigada na Operação Lava Jato.”
“Em 2017, no entanto, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com o pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.”
Na terça (25), O Globo publicou que a delação de Marcelo Odebrecht e mais 50 executivos atingirão 130 deputados, senadores e ministros, além de outros 20 governador e ex-governadores.
O calendário divulgado até agora mostra que a Lava Jato deve colher os depoimentos detalhados desse delatores entre o final de 2016 e começo de 2017. Depois, vem a fase de homologação e, em seguida, o Ministério Público Federal deve decidir pelos pedidos de inquéritos.
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Michel Temer também poderia cair se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgasse em favor do PSDB na ação que pede a cassação da chapa eleita em 2014 por abuso de poder econômico. Contudo, o próprio presidente do TSE, Gilmar Mendes, tem dado sinais de que não pretende acelerar esse julgamento e, inclusive, poderia viabilizar seu fatiamento para não atingir Temer, que foi eleito como vice-presidente da República.
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