Redação Pragmatismo
EUA 10/Nov/2016 às 17:14 COMENTÁRIOS
EUA

A primeira reunião de Donald Trump com Barack Obama

Publicado em 10 Nov, 2016 às 17h14

Donald Trump se disse honrado por encontrar Barack Obama. "Esse encontro era para durar 10 minutos, mas durou 1 hora e meia e por mim teria continuado". Presidente eleito e presidente atual tiveram primeira reunião para tratar de transição entre governos. Confira como foi o encontro

Barack Obama Donald Trump
Barack Obama recebe Donald Trump na Casa Branca

Donald Trump, presidente eleito, e Barack Obama, atual presidente dos EUA, tiveram seu primeiro encontro nesta quinta-feira (10/11), na Casa Branca, para tratar da transição entre os governos do democrata e do republicano.

Na reunião, que durou uma hora e meia, os dois líderes trataram da “organização da Casa Branca” e de “política interna e externa”, declarou Obama à imprensa ao fim do encontro.

Segundo o presidente dos EUA, os dois tiveram “uma excelente conversa”, e sua prioridade será “facilitar uma transição que garanta que o presidente eleito seja bem-sucedido”.

Trump chegou à Casa Branca por volta de 11h (14h de Brasília), mas as primeiras imagens do encontro só foram divulgadas quase duas horas depois pelo governo.

“Minha prioridade número um é, nos próximos dois meses, tentar facilitar uma transição que assegure que nosso presidente eleito seja bem sucedido”, disse Obama ao lado de Trump no Salão Oval (gabinete do presidente).

Em seu curto comentário, Obama disse ainda que se sentiu “muito encorajado” com o interesse de Trump de trabalhar com sua equipe.

“É importante para todos nós, não importa o partido ou as preferências políticas, que agora nos unamos e trabalhemos juntos para lidar com os muitos desafios que enfrentemos”, disse.

Trump agradeceu respondendo ser “uma grande honra” encontrar o presidente. “Este encontro deveria durar dez minutos, nós estamos nos conhecendo. Jamais havíamos nos encontrado antes, tenho grande respeito. A reunião acabou durando quase uma hora e meia e por mim poderia ter continuado muito mais”, afirmou o bilionário.

O presidente eleito contou que a conversa incluiu “muitas situações diferentes, algumas maravilhosas, e algumas dificuldades”, acrescentando que espera manter o contato com Obama no futuro, “incluindo para aconselhamento”.

Rivalidade

Obama e Trump têm um histórico pouco amigável – durante a campanha eleitoral do pleito encerrado na terça-feira (08/11), o republicano classificou o democrata como “o pior presidente da história dos EUA”, enquanto Obama declarou que Trump era “peculiarmente inepto” para ocupar a Presidência.

Enquanto o presidente eleito e o atual presidente se reuniam no Salão Oval, Michelle Obama, atual primeira-dama, e Melania Trump, futura primeira-dama dos Estados Unidos, também se encontraram na Casa Branca. O casal Obama, porém, cancelou a sessão de fotos com o casal Trump, que aconteceria na entrada da residência oficial do presidente norte-americano.

Mas a animosidade entre os dois nasceu bem antes da campanha presidencial. Durante o primeiro mandato de Obama, Trump foi um dos mais estridentes promotores da tese de que o democrata teria nascido no exterior e que, portanto, não poderia ser presidente. A campanha forçou a Casa Branca a divulgar a certidão de nascimento provando que Obama nasceu no Havaí.

Obama reagiu com sarcasmo em 2011 ao falar da polêmica no tradicional número de “stand up comedy” que os presidentes fazem no jantar anual dos jornalistas da Casa Branca (vídeo abaixo). “Ninguém está mais interessado em deixar essa história para trás do que o Donald”, disse Obama. “Ele finalmente pode focar em temas que realmente importam, como: ‘nós falsificamos à chegada à lua?'”.

Presente ao evento, Trump era focalizado pelas câmeras com um sorriso constrangido, enquanto a plateia vinha abaixo. Alguns jornalistas que testemunharam a cena especulam que ali Trump começou a considerar seriamente a candidatura à Presidência, para dar o troco a Obama em grande estilo. “A humilhação de Trump foi a mais absoluta e visível que eu já vi”, escreveu Adam Gopnik, da revista “New Yorker”.

com informações de Opera Mundi e Folha de S.Paulo

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS