Grupo invade Câmara para pedir intervenção militar e reclamar do 'comunismo no Brasil'. Uma porta de vidro foi quebrada. Deputados relataram que alguns dos manifestantes estavam armados e drogados. Uma ativista cuspiu em um segurança do Congresso
Um grupo de manifestantes invadiu o plenário principal da Câmara dos Deputados no início da tarde desta quarta-feira (16) e interrompeu o andamento de uma sessão não deliberativa da Casa.
Os cerca de 60 manifestantes subiram à mesa da presidência e se recusavam a sair do local.
Durante o protesto, eles gritaram palavras de ordem contra a corrupção e a favor de uma intervenção militar no país, como “general aqui”, “intervenção já”, “viva Sergio Moro” e “a nossa bandeira jamais será vermelha”.
O grupo também cantou o Hino Nacional durante o protesto.
Uma participante chegou a cuspir em um dos seguranças da Câmara, o que iniciou um tumulto no local.
Os integrantes do grupo se disseram a favor da intervenção militar no Brasil porque, segundo eles, os deputados federais estão implantando o comunismo no Brasil.
Eles também se dizem contrários a mudanças no projeto de lei das medidas de combate à corrupção. O protesto foi organizado por redes sociais, segundo o grupo.
Toda a imprensa foi retirada do plenário pela Polícia Legislativa da Câmara. Repórteres e cinegrafistas foram retirados, sem que pudessem continuar registrando os procedimentos da Polícia Legislativa.
Além disso, a transmissão da sessão pela TV Câmara foi interrompida enquanto os manifestantes estavam no plenário.
“Eles estão todos loucos. E tem gente armada aí dentro”, afirmou o deputado Beto Masur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, que estava negociando com os manifestantes.
“Tem muita gente drogada e tem gente armada sim”, disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
Segundo Mansur, a imprensa foi expulsa do local porque a presença de jornalistas poderia atrapalhar na negociação.
Uma porta de vidro na entrada do plenário foi quebrada com a confusão na entrada do grupo.
VÍDEO:
com Agência Câmara
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