Deputado federal apresenta na Câmara projeto para criminalizar a masturbação no Brasil. Proposta de Marcelo Aguiar (DEM/SP), que é pastor e cantor gospel, obriga as operadoras a interromperem vídeos-pornô e conteúdos sexuais
Um projeto do deputado federal Marcelo Aguiar (DEM-SP) que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, tenta diminuir o número de “masturbação” na internet brasileira.
O PL 6.449/2016 quer obrigar as operadoras a criarem sistemas que filtrem e interrompam automaticamente todos os conteúdos de sexo virtual, prostituição e sites pornográficos.
Aguiar, que pertence ao Democratas, partido que se define como conservador nos costumes e liberal na economia e é da base de apoio do governo de Michel Temer, afirma que há “viciados em conteúdo pornográfico e na masturbação”
No texto, o deputado justifica a medida dizendo que a “a pornografia veio substituir a prática sexual com outra pessoa”.
Aguiar ainda alega que “estudos atualizados informam um aumento no número de viciados em conteúdo pornô e na masturbação devido ao fácil acesso pela internet”.
De acordo com o documento, disponível no site da Câmara, o deputado acredita que “os jovens são mais suscetíveis a desenvolver dependência e já estão sendo chamados de autossexuais – pessoas para quem o prazer com sexo solitário é maior do que o proporcionado, pelo método, digamos, tradicional”.
Músico com carreira sertaneja gospel e pastor, o deputado Marcelo Aguiar foi eleito em 2010 com 98.842 votos, mas obteve apenas 65.970 votos em 2014, ficando como primeiro suplente da bancada. Tomou posse em fevereiro de 2015.
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