Drogas

Avião com 430 quilos de cocaína é apreendido em Minas Gerais

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Três anos após apreender 450 quilos de pasta base de cocaína na aeronave dos Perrella, Polícia Federal faz apreensão de 430 quilos de cocaína em Minas Gerais. O caso conhecido como 'helicóptero do pó' caiu no esquecimento e ninguém foi punido

PF volta a fazer grande apreensão de cocaína em Minas Gerais

A Polícia Federal (PF), com o apoio da Polícia Militar (PM), apreendeu na noite desta quarta-feira (15), uma aeronave que estava pernoitando em um Hangar na cidade de Pará de Minas, Região Central do Estado, com 430 quilos de cocaína em seu interior.

O avião é um modelo Cessna Aircraft, modelo 210 M. O piloto da aeronave, que tem 25 anos e não teve o nome divulgado, fugiu para Belo Horizonte e estava em um hotel no centro da capital, onde foi preso.

Ainda segundo a PF, as asas da aeronave foram adaptadas para comportar uma maior quantidade de drogas nas extremidades. Foi apreendido ainda, um pacote com aproximadamente 1 quilo de folha de coca in natura.

De acordo com a PF, os sacos em que estavam distribuídas as porções da droga eram de origem boliviana.

Segundo a Polícia Federal, o caso pode se concretizar como tráfico internacional de drogas e o piloto, até então o único responsável pela carga, pode ser condenado a 25 anos de prisão. A Justiça Federal de Divinópolis solicitou que o homem permaneça à disposição do judiciário.

‘Helicóptero do pó’

Em 24 de novembro de 2013, a Polícia Federal apreendeu 450 quilos de pasta base de cocaína dentro de um helicóptero perto da cidade de Afonso Cláudio, Espírito Santo.

A aeronave pertencia à Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual por Minas Gerais Gustavo Perrella, filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, ambos amigos e aliados políticos do senador Aécio Neves.

Três horas e meia antes da apreensão pela polícia, o helicóptero teria parado para abastecer a 14 quilômetros da pista de Cláudio, que pertence à família de Aécio Neves. O aeroporto foi construído pelo governo de Minas Gerais na gestão de Aécio Neves, que gastou 14 milhões de reais, num município de 25 mil habitantes.

Sem muito destaque na mídia tradicional, o caso caiu no esquecimento sem que houvesse respostas para a origem e destino da cocaína. Ninguém foi punido.

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