Redação Pragmatismo
Educação 21/Fev/2017 às 14:05 COMENTÁRIOS
Educação

Ministro da Educação detona o verbo “haver” em entrevista

Publicado em 21 Fev, 2017 às 14h05

Chefe da Educação no Brasil comete erro crasso de português (vídeo) ao se referir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)

Mendonça Filho haverão enem mudanças
Mendonça Filho, ministro da Educação do governo Temer

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), cometeu um crasso erro de português durante entrevista ao vivo para a GloboNews.

O chefe da educação no Brasil afirmou que “haverão (sic) mudanças, mas essas mudanças não ocorrerão em um curto prazo”.

Na ocasião, Mendonça falava sobre as mudanças feitas por medida provisória no currículo do Ensino Médio e afirmou que modificações também acontecerão no Enem.

De acordo com a gramática do português, o verbo “haver” no sentido de “existir”, “fazer”, “ocorrer”, “acontecer” sempre será impessoal, ou seja, não terá sujeito e ficará sempre no singular.

VÍDEO:

A pasta comandada por Mendonça Filho enfrentou polêmicas mais sérias na última semana. Reportagem da Folha de S. Paulo revelou que o Ministério da Educação (MEC) pagou 65.000 reais para dois youtubers defenderem em um vídeo a Reforma do Ensino Médio, sancionada pelo presidente Michel Temer.

Produzido em outubro, o vídeo não deixava claro que o conteúdo era uma campanha publicitária e tratava o assunto de maneira descontraída e com linguagem jovem.

“Você que quer trabalhar com História, não vai querer ficar perdendo tempo com célula”, diz no vídeo o youtuber Lukas Marques, um dos apresentadores.

O mesmo Lukas Marques fez uma série de comentários preconceituosos contra mulheres, negros, gays e nordestinos (saiba mais aqui).

Alexandre Frota

O ministro Mendonça Filho provocou espanto na internet e entre educadores brasileiros no último ano ao receber o ex-ator pornô Alexandre Frota para ouvir dicas sobre a educação no Brasil (relembre aqui).

Também participou do encontro Marcelo Reis, líder do Revoltados Online, grupo conhecido por disseminar ideias de ódio e intolerância nas redes sociais e nas ruas.

“Tudo tem limite, diz o velho ditado popular. Imaginei que, numa altura dessas da vida, nada mais me chocasse em política. Me enganei”, disse, na época, Robson Sávio, doutor em Ciências Sociais e professor da PUC.

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