"Vamos parar o Brasil" é o tema da mobilização organizada por trabalhadores de diversas categorias, estudantes e movimentos sociais marcada para o próximo dia 28 de abril para contestar a ofensiva do governo Temer contra uma série de direitos conquistados
Trabalhadores de diversas categorias, estudantes e movimentos sociais decidiram unir forças e prometem repetir contra Michel Temer um ato ainda maior do que o realizado no último dia 15 de março.
O objetivo do protesto, denominado “Vamos parar o Brasil”, é alertar o governo de que a sociedade e a classe trabalhadora não aceitarão os retrocessos representados pelas reformas da Previdência e trabalhista que Michel Temer pretende aprovar.
“Em nossa opinião, trata-se do desmonte da Previdência Pública e da retirada dos direitos trabalhistas garantidos pela CLT. Por isso, conclamamos todos, neste dia, a demonstrarem o seu descontentamento, ajudando a paralisar o Brasil”, dizem as entidades, em nota conjunta.
Entre elas, estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical, que têm divergências históricas e muitas vezes polarizam o movimento sindical no país.
A terceirização irrestrita, inclusive para atividade-fim da empresa, passou na Câmara semana passada com menos votos do que previa o governo.
O Senado ensaia votar outra proposta, menos radical, mas esbarra na resistência do Palácio do Planalto. As reformas da Previdência e tributária ainda são discutidas pelos deputados.
Enquanto trabalham para a mobilização de 28 de abril, algumas categorias já preparam manifestações contra as reformas. Trabalhadores do setor de transporte devem se reunir no dia 6, para discutir formas de participação.
De acordo com avaliações de jornalistas e movimentos sociais, as manifestações de 15 de março tiveram uma força muito maior do que o governo previa e já há a possibilidade de que as reformas sejam barradas à medida em que aumente a pressão popular.
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