Líderes de movimentos que convocaram as manifestações do último domingo afirmam que não há motivos para o “fora Temer” e tentam explicar o fracasso dos atos
Responsáveis por convocar as manifestações do último domingo (26) tentaram justificar o fracasso dos atos em todo o Brasil.
Líderes dos movimentos MBL, Vem Pra Rua e Nas Ruas alegaram que o desconhecimento das pautas não motivou o público a sair de casa e ir às ruas.
No entanto, boa parte da população já tem conhecimento sobre o envolvimento destes grupos com o atual governo.
“Eu não confio mais no MBL. Sei que foram comprados pelo governo. Todos eles recebem dinheiro. De certa forma, eles ajudaram Michel Temer a chegar na Presidência. Estou aqui hoje por conta própria”, disse uma manifestante que foi à avenida paulista no domingo.
De acordo com o site Congresso em Foco, o coordenador do MBL em Minas Gerais (MG), Pero Cherulli, destacou que o movimento não critica Michel Temer porque a ação não geraria algum resultado para o Brasil como no caso do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Para Cherulli, gritar “Fora Temer” é seguir um entendimento da “esquerda”.
“Os movimentos não vão falar fora Temer porque esse é um jargão da esquerda e não faz parte da pauta. Se nos utilizarmos para isso, estaríamos sendo fantoches da esquerda e isso não vai acontecer”, enfatizou.
“Os movimentos são inteligentes e não vão fazer algo que não é plausível. Não existe nenhuma acusação formal contra o Temer como havia contra a ex-presidente Dilma, que teve as pedaladas fiscais”, reafirmou.
O representante do MBL não disse nada a respeito das inúmeras denúncias de corrupção que assolam o atual governo e incluem o nome do próprio presidente. Apenas no que se refere à Lava Jato, um em cada três ministros de Temer está na mira da operação.
O depoimento de José Yunes ao Ministério Público também compromete seriamente Michel Temer e o seu homem de confiança, José Padilha, embora a mídia não tenha destacado o caso com a relevância devida.
A líder do movimento Nas Ruas, Carla Zambelli, também defende Temer. “Ele não cometeu nenhum crime e a gente pensa que quando não há crime, não há motivação”.
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