Corrupção

O MBL vai expulsar ou acobertar Fernando Holiday?

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Diante das graves denúncias contra Fernando Holiday, fica a pergunta: o "ético" MBL, que até hoje não prestou contas de suas fontes de recurso, vai expulsar ou acobertar o vereador?

Imagem: Kim, Holiday e Tatiane, responsável por recrutar cabos eleitorais para a campanha do vereador

por Altamiro Borges, em seu blog

O Movimento Brasil Livre (MBL), que até hoje não prestou contas de suas fontes de recurso, mobilizou muitos desinformados com o discurso do combate à corrupção.

Este falso moralismo serviu para golpear a democracia, retirando do governo uma presidenta eleita democraticamente pelo povo brasileiro e alçando ao poder a quadrilha de corruptos chefiada por Michel Temer.

O MBL também ajudou a eleger sete vereadores e um prefeito ligados ao grupo nas eleições do ano passado. Um dos principais líderes das marchas pelo “Fora Dilma”, Fernando Holiday obteve expressiva votação para a Câmara Municipal de São Paulo.

Como vereador, ele segue atraindo os holofotes da mídia com suas propostas racistas e retrógradas. Mas a farsa não dura para sempre. Nesta segunda-feira (13), o portal BuzzFeed postou uma longa reportagem sobre o uso do caixa 2 na campanha do jovem líder do velho DEM.

Diante da grave denúncia, fica a pergunta: o “ético” MBL vai expulsar Fernando Holiday?

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Segundo a matéria, assinada por Tatiana Farah e Severino Motta, “a campanha do vereador Fernando Holiday (DEM) pagou em dinheiro vivo e não declarou gastos com um grupo de cabos eleitorais na reta final da eleição do ano passado. O BuzzFeed obteve as planilhas de pagamento com os nomes e números de documentos das 26 pessoas recrutadas para realizar panfletagem para o então candidato na região da avenida Paulista e da avenida Faria Lima (zona oeste de São Paulo). Ao lado dos nomes, estavam as assinaturas dos cabos eleitorais. Procurado, Fernando Holiday negou irregularidades e disse que todas as despesas de sua campanha à Câmara dos Vereadores de São Paulo foram declaradas à Justiça Eleitoral”.

“A reportagem checou a veracidade das planilhas com quatro pessoas cujos nomes e assinaturas estavam nos papéis. Eles confirmaram terem prestado serviço para o candidato e relataram que o pagamento era feito, após cada dia de trabalho, em dinheiro, na praça de alimentação de um shopping na Paulista. Os cabos eleitorais recebiam R$ 60 dentro de um envelope com seus nomes ao final de cada dia de trabalho. Depois, assinavam a lista de presença no papel. Os panfleteiros são jovens que, à época, estavam desempregados. Todos os ouvidos pelo BuzzFeed Brasil relataram a mesma história e disseram ter sido coordenados por uma mulher chamada Tatiane”.

“Ela é Tatiane Carvalho, estudante que aparece em fotos ao lado de Holiday e de outro líder do MBL, Kim Kataguiri. Ela era uma das administradoras da página de Holiday no Facebook. A reportagem teve acesso a dois áudios de WhatsApp em que Tatiane relata como está sendo feito o trabalho de panfletagem de sua equipe à coordenação de campanha. Em um dos áudios, a jovem ativista ligada ao MBL relata que sobrou dinheiro porque dois cabos eleitorais não apareceram para trabalhar e que vai pagar um extra aos demais para estenderem o trabalho por uma hora. Em outro, Tatiane afirma que o trabalho de sua equipe é mais sofisticado do que o fornecido pela Classe A – empresa que aparece na prestação de contas do candidato à Justiça Eleitoral como responsável pela distribuição de panfletos”.

Questionado pelo BuzzFeed, Fernando Holiday negou qualquer irregularidade eleitoral. A assessoria de imprensa do vereador enviou a seguinte nota ao portal: “Conforme exige a legislação vigente, a prestação de contas da campanha foi entregue e aprovada pela Justiça Eleitoral e pode ser consultada publicamente. O mandato do vereador Fernando Holiday não é pautado por boataria, rumores ou inúmeros ataques que sofremos todos os dias. Portanto, não havendo qualquer acusação formal, tendo em vista a aprovação das contas; especulações desta natureza são apenas mais uma tentativa de atrapalhar o mandato combativo que o jovem vereador vem realizando”.

O sinistro Movimento Brasil Livre adora espalhar mentiras pelas redes sociais e destruir reputações — como comprovou recente matéria do insuspeito jornalista Gilberto Dimenstein. Agora, o MBL virou alvo de uma grave acusação de crime eleitoral e tenta se apresentar com vítima. Como diz o ditado, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

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