Nova decisão judicial obriga Ministério do Trabalho a divulgar nomes dos autuados por trabalho escravo. Confira os nomes da lista suja que o governo quer censurar
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alberto Bresciani, derrubou a liminar do presidente da corte, ministro Ives Gandra Martins Filho, aliado de Michel Temer, que possibilitava ao governo a não divulgação dos nomes das empresas e empresários que integram a lista suja do trabalho escravo no Brasil.
Por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), a ONG Repórter Brasil e o Instituto do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo obtiveram a lista com os 250 nomes flagrados por trabalho escravo nos últimos dois anos (veja a lista completa no link abaixo).
A lista foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no Brasil, criada em 2003, como exemplo de transparência.
No Brasil, desde 1995, mais de 52 mil pessoas foram “libertadas” após flagradas em condições análogas à escravidão em canteiros de obras, carvoarias, fazendas, oficinas têxteis e propriedades agrícolas.
Na última semana, fiscais do Ministério Público do Trabalho encontraram trabalhadores numa fazenda no Pantanal em situação de escravidão. Um idoso vivia há mais de 20 anos no local sem receber salário, sem condições de higiene. Bebia água suja, fazia as necessidades no mato.
VEJA OS 250 NOMES DA LISTA SUJA AQUI.
PS.: Leitores relataram problemas para acessar o link acima. O servidor da Repórter Brasil sobrecarregou depois que divulgamos o arquivo. Há um link alternativo da lista aqui para quem não estiver conseguindo acesso no original.
com informações de DW Brasil e Repórter Brasil
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