Juiz do TSE determina 'tarja preta' em trechos de delação que citam Aécio Neves
O Tribunal Superior Eleitoral determinou que os trechos referentes a Aécio Neves que constam no depoimento do ex-presidente da Odebrecht sobre recebimento milionário de propina sejam tarjados nas transcrições nos autos. Decisão virou motivo de piada
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que os trechos referentes ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) que constam no depoimento de Benedicto Júnior, ex-presidente da construtora Odebrecht, sejam tarjados nas transcrições nos autos do processo que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
Em trecho do depoimento vazado publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, Benedicto Júnior afirmou ter repassado R$ 9 milhões para políticos do PSDB via caixa 2 a pedido de Aécio.
A decisão, tomada pelo ministro Herman Benjamin, para ocultar às menções ao senador tucano atende a pedidos dos próprios advogados da sigla que reclamam de “indevida exploração política patrocinada junto à imprensa, com a finalidade exclusiva de causar danos à imagem do PSDB, e ao seu presidente, Aécio Neves”.
Na decisão, o ministro afirmou que, na atual fase de instrução processual, é natural que sejam abordados eventos não diretamente relacionados com o objeto da ação, mas lamentou os vazamentos.
Nas redes sociais, a decisão de cobrir o nome de Aécio virou motivo de piada:
TSE DETERMINA QUE PARTE DO DEPOIMENTO QUE CITA AÉCIO NEVES SEJA TARJADA EM TRANSCRIÇÃO. pic.twitter.com/F6Vjta69Dq
— Darico Macedo (@DaricoMacedo) 14 de março de 2017
Agora Aécio Neves é o Voldemort da política. Ele é “Aquele que não se pode mencionar”
— M.P (@Trilhanofio) 14 de março de 2017
RBA