Indignado com a greve geral, que praticamente paralisou o Brasil, João Doria chama trabalhadores grevistas de preguiçosos e dorminhocos. Prefeito de São Paulo garantiu que os servidores que aderiram à greve terão seus pontos cortados e que os sindicatos paralisados pagarão multas
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), concedeu uma entrevista na manhã desta sexta-feira (28), dia de greve geral, para condenar o movimento grevista e achincalhar os trabalhadores que aderiram à greve (confira aqui quem paralisou).
As declarações de Doria foram concedidas ao Jornal da Manhã. “Eu acordo cedo e trabalho. Eu não sou grevista que dorme, é preguiçoso e acorda tarde. Eu não sou Jaiminho, não”, bradou o prefeito.
“Neste confronto, só a população que trabalha, que é honesta é quem perde. Quem não é sindicalista, sem querer generalizar. Quem promove a greve são aqueles que fazem política partidária ideológica em função própria”, prosseguiu Doria.
Doria garantiu que os servidores que aderirem à greve terão seus pontos cortados e que os sindicatos paralisados pagarão multas. “Fiquem certos que vamos cobrar as multas daqueles sindicatos que romperam a ordem e a determinação da justiça. Vamos cobrar as multas”, disse.
Sobre os pontos, o tucano ponderou: “Vamos cortar o ponto. Vamos ter condescendência. Hoje não dá para ter rigor com o horário, haverá absoluta tolerância em situações de atraso. Não vamos desconsiderar o direito de receberem seus salários. Agora, quem não vier trabalhar durante o dia inteiro terá seu dia descontado”.
O prefeito aconselhou ainda que os paulistanos tenham sua cidadania preservada e sigam aos seus trabalhos da melhor forma que encontrarem. “Recomendamos o uso de táxi, aplicativos, carona solidária”, disse.
Greve Geral
Chamados de preguiçosos, todos os trabalhadores grevistas que aderiram à greve estão lutando contra as perdas de direitos impostas por medidas do governo Michel Temer.
As conquistas trabalhistas históricas da população brasileira, conseguidas a duras penas, estão sendo extintas com a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência e a Lei da Terceirização.
A cidade de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, amanheceu vazia, o que indica que a greve está sendo bem sucedida. A greve geral deste dia 28 de abril é a primeira no Brasil desde 1996.
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