Protestos

Artistas convocam para grande ato das Diretas Já em São Paulo

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No rastro da manifestação histórica que reuniu mais de 100 mil na praia de Copacabana, artistas fazem nova convocação para grande ato das Diretas Já em São Paulo a ser realizado no próximo domingo. Desta vez, foram excluídos sindicatos e partidos políticos da organização do evento

Artistas, ativistas e blocos de carnaval realizam manifestação em forma de show no próximo domingo (4) em São Paulo para exigir a saída do presidente Michel Temer (PMDB-SP) e a realização de eleições diretas como saídas para a atual crise política que atinge o país.

Estão previstas as presenças dos cantores Mano Brown, Criolo, Péricles, Emicida, Tulipa Ruiz, Simoninha, Otto, Maria Gadú, dentre outros, e a participação de cerca de 30 grupos que promovem o carnaval de rua em São Paulo.

O ato SP pelas Diretas Já será realizado no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, a partir das 11h.

“Vamos ocupar o Largo da Batata com nossa música e nossos estandartes para defender o direito do povo eleger o próximo presidente da república”, afirmam os organizadores em chamado pelas redes sociais.

Eles refutam as articulações de bastidores de parte da classe política que propõe a realização de eleição indireta para eleger o sucessor de Michel Temer, pois ressaltam que o Congresso Nacional, com inúmeros parlamentares envolvidos em casos de corrupção “não tem condições morais de determinar como será o futuro do país.”

“Convidamos a todas e todos que compartilham desse pensamento a se vestirem de Diretas Já conosco para fazermos um ato histórico, digno do espírito democrático e inovador da nossa querida cidade”, convocam os artistas.

Sindicatos e partidos políticos

Segundo os organizadores do ato em São Paulo, a ideia é fazer um movimento independente de partidos políticos para ampliar o leque de apoio.

“Não temos a intenção de excluir ninguém. Temos o máximo respeito pelas lutas históricas de cada segmento, mas achamos importante termos também a chance de fazer um evento com todos que queiram participar, puxado pelas diversas expressões culturais. Achamos que é uma forma de agregar, ampliar e mostrar a quantidade de gente que quer diretas-já”, diz o produtor cultural Alexandre Youssef, presidente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.

A decisão de fazer o ato de forma independente tem o objetivo de evitar o aparelhamento do protesto. “A manifestação não pode ser apropriada por partido nenhum. A música quer esse papel”, diz o empresário da noite Facundo Guerra.

“Acho legítimo que os artistas tomem iniciativa. Atraem um público que não é necessariamente o dos movimentos. Vamos tentar dialogar para fazer com o máximo de unidade possível”, diz Guilherme Boulos, da Frente Povo Sem Medo.

informações de Rede Brasil Atual e Agência Estado

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