Aécio Neves virou também alvo da artilharia dos próprios aliados. Enquanto João Doria se disse estarrecido com a linguagem utilizada pelo senador afastado, Janaina Paschoal declarou que o tucano manchou, por dinheiro, o nome de um verdadeiro herói nacional
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou nesta sexta-feira (19) os áudios divulgados das conversas entre o senador afastado Aécio Neves e o empresário Joesley Batista.
Doria disse que estava chocado com a linguagem utilizada pelo colega de partido.
“É estarrecedor um senador da República utilizar essa linguagem. Palavras de baixíssimo calão. É absolutamente lamentável. Quem usa esse tipo de linguagem não tem, minimamente, condições de proceder com equilíbrio suas funções”, disse.
Na tentativa de amenizar a crítica a Aécio Neves, que não foi citado nominalmente por Doria, o prefeito relembrou falas de Lula e Dilma: “eles usavam esse tipo de palavrões costumeiramente, como se isso fizesse parte da educação das pessoas. Isso não é só inaceitável como surpreendente”.
Janaina Paschoal
A advogada Janaína Paschoal, contratada pelo PSDB para assinar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, lamentou as denúncias contra Aécio, candidato derrotado à Presidência em 2014.
“Em profunda tristeza, não por mim, mas por Tancredo Neves, entendo que seu neto não tem mais condições de compor o Senado Federal”, declarou a advogada em uma série de postagens no Twitter. “Como se mancha o nome de um verdadeiro herói nacional, um mito, por dinheiro? O nome tem peso. O neto de Tancredo não poderia ser um político como outro qualquer.”
“Quando pedi o impeachment da Presidente Dilma, eu disse que também pensava em seus netos. E eu estava falando a verdade”, escreveu Janaína Paschoal. “Naquele momento, pensei nos netos; neste, penso no avô. Não consigo parar de refletir sobre a decepção de Tancredo”, concluiu a advogada.
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