João Doria visita morador de rua agredido e humilhado por guardas municipais e promete emprego. Vítima teve o punho fraturado e seus pertences foram levados
Após repercussão da agressão da Guarda Civil Metropolitana (CGM) de São Paulo a um morador de rua (relembre aqui), o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi às redes sociais para se pronunciar sobre o caso.
Nesta quinta-feira (4), em vídeo publicado em sua conta no Facebook, o tucano aparece ao lado da vítima Samir Ali Ahmed Sati e de sua esposa, Mirella Nunes.
Sati, de 40 anos, fraturou um punho e precisou ser atendido em um pronto-socorro após a ação da GCM. Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta quarta-feira (3), um grupo de guardas civis aparecem agredindo o homem em situação de rua durante uma ação para recolher seus pertences. O registro provocou revolta nas redes e foi compartilhado milhares de vezes por usuários.
“Foi uma agressão absolutamente covarde”, afirmou o prefeito no vídeo publicado neta quinta. Ele garantiu que na próxima segunda-feira, dia 8, Mirella vai passar por um treinamento de profissionalização.
João Doria teria ainda afirmado que a Prefeitura Regional do Jabaquara vai devolver os pertences de Samir e que ele já estará empregado assim que se recuperar da fratura no punho.
Decreto contra moradores de rua
Apesar de ter mobilizado sua equipe de marketing para registrar sua visita a Samir Ali Ahmed Sati, João Doria omitiu que a agressão da CGM contra a vítima está diretamente relacionada a um decreto assinado por ele próprio, em janeiro de 2017.
Na ocasião, o prefeito tucano determinou que a Guarda Municipal retirasse cobertores de moradores de rua, prática que estava proibida na gestão Fernando Haddad após cinco mendigos morrerem de frio.
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