URGENTE. STF determina afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato de senador e prisão de Andrea Neves, sua irmã. Medida atende a pedido da Procuradoria-Geral da República. Polícia Federal cumpre mandados de busca na casa do senador tucano
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (18) mandados de busca e apreensão em residências do senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves (MG) no Rio de Janeiro, Brasília e em Belo Horizonte.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou, por meio de medida cautelar, o afastamento do parlamentar e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) de seus mandatos.
O Supremo autorizou ainda a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã de Aécio. Ela teria pedido dinheiro em nome do senador para Joesley Batista, presidente da JBS, em conversa que teria sido gravada. Até o início da manhã Andrea não havia sido localizada.
Além das residências do senador, agentes da Polícia Federal cumprem também mandado de busca e apreensão nos gabinetes de Aécio, Rocha Loures e do senador Zezé Perrella (PSDB-MG).
Loures é suplente do ministro da Justiça Osmar Serraglio e teria sido indicado pelo presidente Michel Temer para “resolver um problema” na J&F, que controla a JBS. O parlamentar teria sido filmado recebendo dinheiro e acompanha o prefeito de São Paulo João Doria em uma viagem à Nova Iorque.
Entenda o caso
As ações contra o senador mineiro e o assessor de Cunha são desdobramento da tentativa de delação premiada feita pelos empresários e irmãos Joesley e Wesley Batista, que entregaram à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal gravações comprometedoras contra Aécio e o presidente Michel Temer.
De acordo com o jornal O Globo, Temer foi gravado incentivando Joesley a continuar o pagamento de mesada para o ex-presidente da Câmara em troca de seu silêncio. Altair é apontado como a pessoa que recebia os repasses em nome de Cunha.
No caso de Aécio, segundo o jornal, há gravação em que ele pede ao empresário R$ 2 milhões. O dinheiro foi entregue a um primo do senador, em quatro parcelas de R$ 500 mil, e repassado depois a uma empresa do filho do senador Zezé Perrella, Gustavo Perrella, secretário do Ministério do Esporte.
O tucano alega que sua relação era estritamente pessoal com Joesley e que o recurso era para pagar sua defesa na Lava Jato.
com informações de RBA
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