Chefe da CIA no Brasil tem identidade revelada. Deslize cometido pelo governo brasileiro chamou a atenção de autoridades estrangeiras e virou matéria no The New York Times
A equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela área de inteligência do governo federal, revelou a identidade de um agente da CIA, o serviço secreto norte-americano.
No dia 9 de junho, a agenda pública do ministro-chefe do GSI, o general Sérgio Etchegoyen, registrou um encontro entre ele e Duyane Norman, “Chefe do Posto da CIA em Brasília”.
O deslize do governo de Michel Temer foi revelado nesta segunda-feira (19) por João Augusto de Castro Neves, diretor para América Latina da consultoria Eurasia Group.
Em sua conta no Linkedin, rede social corporativa, o cargo de Norman consta apenas como “political officer” no Departamento de Estado Americano.
Mídia internacional
O deslize do governo brasileiro foi parar no The New York Times. O jornal mais famoso do mundo deu uma matéria sobre o caso assinada por Simon Romero e Dom Philips.
Confira trechos:
Oficiais de inteligência que gostariam de ser transferidos para o Brasil, tomem nota: uma simples reunião pode tirar sua cobertura.
O establishment político do Brasil foi surpreendido na segunda com a revelação aparentemente casual da identidade de um funcionário da CIA na capital, Brasília, pelo gabinete do general Sérgio Westphalen Etchegoyen, o principal funcionário de inteligência do país.
A equipe do general Etchegoyen mencionou o agente pelo nome e descreveu seu posto como “chefe” da CIA. em Brasília em uma agenda publicamente disponível das reuniões do espião no dia 9 de junho.
A revelação de um agente da CIA dessa maneira é altamente incomum, dado o segredo com o qual os espiões devem operar.
A revelação ofereceu uma distração de outros problemas enfrentados pelo governo do presidente Michel Temer, que tentava reestruturar o serviço de inteligência do Brasil desde que subiu ao poder no ano passado.
O Sr. Temer, um líder profundamente impopular, está resistindo aos apelos para renunciar depois que foi gravado parecendo endossar a obstrução de investigações anticorrupção.
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