América Latina

Objetos nazistas são encontrados debaixo de passagem secreta em Buenos Aires

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Polícia descobre esconderijo de objetos nazistas em Buenos Aires. Autoridades argentinas e a Interpol disseram ter descoberto o local debaixo de uma passagem secreta

A polícia da Argentina descobriu um depósito de artefatos nazistas escondido atrás de uma biblioteca na casa de um colecionador de arte em Buenos Aires, inclusive um busto do ditador Adolf Hitler e instrumentos usados como ferramentas de classificação racial.

Os artefatos serão doados ao museu da cidade dedicado à lembrança do Holocausto, disse a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Ficamos muito impressionados por tantos objetos nazistas estarem na Argentina”, disse Bullrich. “Estamos muito contentes de poder dizer que eles não estão mais circulando por meio de vendas ou entre colecionadores.”

A polícia argentina e a Interpol disseram ter descoberto o esconderijo atrás de uma estante e debaixo de uma passagem secreta.

Entre os cerca de 75 artefatos havia caixas, punhais e outros objetos decorados com suásticas e representações de Hitler, além de dispositivos para medir características físicas como o formato da cabeça.

O nazismo se baseou na ideologia de que as pessoas com traços arianos são superiores às outras raças.

Nos anos 1940, milhões de judeus foram assassinados pelo Estado na Alemanha nazista de Hitler, um genocídio conhecido como Holocausto, além de outros tidos como inferiores.

Após a queda do Terceiro Reich, no final da Segunda Guerra Mundial, vários oficiais nazistas de primeiro escalão fugiram para a América do Sul.

Entre eles havia figuras notórias como Adolf Eichmann, um dos arquitetos do Holocausto, que foi capturado por agentes de inteligência de Israel em Buenos Aires em 1960 e executado mais tarde.

O infame médico Josef Mengele, que realizou pesquisas genéticas em humanos, também morou na cidade durante alguns anos.

As autoridades, que não revelaram a identidade do colecionador, disseram que estavam trabalhando com os historiadores para rastrear os objetos e identificar como e quando eles provavelmente entraram na Argentina.

Reuters

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