Durante patrulha, a jovem policial Ana Maria de Figueiredo avistou um bebê desconhecido chorando no colo do pai, desconsolado, e não teve dúvidas: decidiu amamentá-lo. Ela só não esperava que o caso ganhasse tanta repercussão, com críticas e elogios
Ana Maria Fernandes de Figueiredo, 24, estava em patrulha no último domingo (4) em Belém (PA) quando avistou um bebê desconhecido chorando muito no colo do pai.
A jovem policial tomou uma atitude inusitada ao testemunhar a cena: amamentou o bebê de 20 dias. O momento foi registrado e viralizou nas redes sociais.
“Ele [o pai] não levava nada, nenhuma bolsa. Andava apressado com o bebê, que estava chorando muito. A gente sai de casa pra trabalhar, não sabe o que vai ter pela frente. Temos que estar dispostos a ajudar”, contou Ana.
Em seguida, os policiais pediram para falar com o pai, que estava sem documentação. Ele explicou que é lavador de carros, e que a esposa havia saído para buscar dinheiro no local onde trabalhava. “A gente liberou ele, mas como o bebê chorava muito, fomos até um hotel da região para abrigar a criança e averiguar a situação”, disse Ana Maria.
Repercussão
Ana Maria, que é mãe de uma criança de 2 anos, disse que o bebê de 20 dias sentia fome e pediu autorização ao pai para amamentá-lo.
“As pessoas disseram que eu poderia prejudicar a criança com a amamentação, mas eu fiquei tranquila porque ainda amamento o meu filho e com frequência faço exames de sangue. Sou saudável”, afirmou a policial militar.
“Não me preocupei muito na hora. Não conhecia sobre amamentação cruzada. Só fiquei sabendo depois da repercussão que teve e as pessoas discutindo nas redes sociais sobre eu ter amamentado um bebê na rua”, completa.
Apesar das críticas, o ato de Ana Maria também recebeu muitos elogios nas redes sociais e, segundo ela, foi importante porque dá ‘certo ar de humanização à Polícia Militar’.
Recomendações
De acordo com profissionais da área de saúde, a amamentação cruzada, que já foi uma prática recorrentemente utilizada no passado, não é mais recomendada nos dias atuais. Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Ministério da Saúde contraindicam formalmente a prática.
Para saber mais sobre amamentação cruzada e quando ela é uma prática saudável, clique aqui.
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