Redação Pragmatismo
Corrupção 25/Jul/2017 às 16:46 COMENTÁRIOS
Corrupção

Procurador da Lava Jato admite: "Queriam tirar Dilma, não acabar com a corrupção"

Publicado em 25 Jul, 2017 às 16h46

"Infelizmente, a verdade é que não queriam acabar com a corrupção, mas derrubar Dilma Rousseff". Procurador da Lava Jato em Curitiba revela ainda que "o próximo passo do PMDB" parece ser acabar com a investigação

Procurador da Lava Jato admite tirar Dilma não contra corrupção
Carlos Fernando dos Santos Lima, Procurador Regional da República (reprodução)

Em mensagem publicada em sua rede social, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta segunda-feira, 24, que ‘o próximo passo do PMDB‘ parece ser acabar com a investigação.

Carlos Lima reagiu à entrevista do vice-presidente da Câmara dos Deputados e substituto imediato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), ao jornal O Estado de S. Paulo, na qual o parlamentar defendeu um “prazo de validade” para a Lava Jato.

O procurador afirmou que “as investigações vão continuar por todo o País”.

Acabar com a Lava Jato. Esse parece ser o próximo passo do PMDB. Infelizmente muitas pessoas que apoiavam a investigação só queriam o fim do governo Dilma e não o fim da corrupção. Agora que Temer conseguiu com liberação de verbas, cargos e perdão de dívidas ganhar apoio do Congresso, o seu partido deseja acabar com as investigações. Mas, mesmo com todas as articulações do governo e de seus aliados, as investigações vão continuar por todo País”, escreveu.

Na entrevista, Fabio Ramalho afirmou que “o Brasil não vai aguentar isso para o resto da vida”. “Ela (Lava Jato) não pode ser indeterminada. Ela já fez o seu trabalho”, disse o deputado.

Defendo a Lava Jato, mas tem de ter prazo de término. O Brasil não vai aguentar isso o resto da vida. Além da corrupção, tem de se avançar na desburocratização do País, na segurança jurídica do País, nas reformas.”

Questionado sobre qual seria o prazo para a Lava Jato terminar, o deputado declarou. “Determina um tempo: seis meses.”

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Agência Estado

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